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Ministra defende audácia no trato de questões florestais

Publicado: Segunda, 11 Junho 2012 19:41 Última modificação: Quarta, 13 Junho 2012 21:47
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Ministra defende audácia no trato de questões florestais
Participantes de debate no Rio apontam dificuldades para promover a gestão do setor com os entraves impostos pela estrutura institucional

Camilla Valadares

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que apesar dos vários avanços alcançados, é preciso inovação e audácia para colocar as florestas no centro dos debates sobre desenvolvimento sustentável.  A declaração foi feita nesta segunda-feira (11/06), durante o debate Florestas do Século XXI, o segundo evento do Ciclo de Debates Brasil Sustentável – O Caminho para Todos, no Jardim Botânico do Rio de Janeiro.

Entre os principais aspectos destacados pelos debatedores está a dificuldade de promover a gestão florestal com a atual estrutura institucional e entraves burocráticos que dificultam a aplicação de medidas sustentáveis. Para Roberto Waack, CEO da Amata S.A e membro do FSC (Forest Stewardship Council) "na prática a economia florestal hoje é baseada em informalidade, ilegalidade e impunidade".

EMPREGO E RENDA
Durante o debate, moderado pelo diretor da Oscip Amigos da Terra, Roberto Smeraldi, o superintendente geral da Fundação Amazonas Sustentável (FAS), Virgílio Viana, afirmou que conquistar importância política para o tema passa necessariamente pelo reconhecimento da relação clara entre as florestas com a economia, emprego e renda. "Temos o desafio de fazer com que se entenda que as florestas valem mais em pé do que deitadas", completou.

Ricardo Rodriguez, representante brasileiro da Revisão dos Critérios do Forest Stewardship Council (FSC) – Conselho de Manejo Florestal – abordou a importância de trabalhar economia florestal aliada à economia agrícola uma vez que historicamente o homem tem promovido a substituição de áreas naturais por áreas agrícolas. Rodriguez citou ainda a experiência realizada no estado de São Paulo com a capacitação dos órgãos e definição legais de seus papéis – essas medidas produziram avanços significativos na política de restauração com a produção de 60 milhões de mudas em 2011.

ECONOMIA FLORESTAL
Foram destacados ainda o conceito de economia florestal, pagamentos ambientais, a relação entre agricultura e floresta, a importância e dificuldades para a restauração de áreas florestais. O ex-diretor do Serviço Florestal Brasileiro do Ministério do Meio Ambiente e empreendedor socioambiental Tasso Azevedo destacou a importância da valorização dos serviços florestais e de fornecer aporte à cadeia primária como forma de fortalecer as florestas.

O vice-presidente de Tecnologia e Desenvolvimento da Associação Brasileira da Indústria de Madeira Processada Mecanicamente (ABIMC), Ivan Tomaselli, afirmou que os avanços dependem de ações políticas de governo e investimento privado. A relação com o setor privado foi um dos pontos levantados também pela ministra Izabella Teixeira durante o encerramento do debates: "Precisamos acabar com o preconceito com o setor privado, a grande maioria no setor privado não quer ficar na ilegalidade, há mais gente querendo trabalhar dentro da lei do que fora dela".
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