Atual modelo de gestão de recursos pesqueiros precisa ser aperfeiçoado com conhecimento cientifico e engajamento social
Sophia Gebrim
As discussões sobre ecossistemas marinhos terão papel especial na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20). A afirmação foi feita pela ministra do Meio Ambiente Izabella Teixeira, na tarde desta segunda-feira (11/06), no Espaço Tom Jobim do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. "Pessoalmente, aposto nos debates sobre oceanos, assunto de grande relevância na agenda ambiental e que precisa ser discutido de forma global, com representantes governamentais e sociais de todo o mundo", disse a ministra.
No Brasil, Izabella destacou a necessidade de aperfeiçoar o trabalho realizado nos centros de excelência e pesquisa ligados diretamente ao tema. "Precisamos trabalhar uma visão mais estruturada de pesquisa de médio e longo prazos e também priorizar a gestão dos ecossistemas marinhos e costeiros", salientou. Para ela, o país conta com inúmeras reservas extrativistas em áreas marinhas que, para serem instituídas oficialmente, devem extrapolar dados de pesquisa que justifiquem a sua criação não só pela questão ambiental mas também pela questão social e econômica.
Por fim, a ministra destacou que o atual modelo de gestão de recursos pesqueiros também precisa ser aperfeiçoado e somente mudará de patamar se tivermos conhecimento cientifico, além de engajamento social. "São necessárias parceiras extremamente sólidas com cada segmento envolvido, argumentou". Na sua avaliação, pescadores, órgãos de pesquisa e governo devem ter consciência da importância do seu papel no processo evolutivo do ecossistema marinho.
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