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Água Doce investe R$ 36 milhões no Ceará

Publicado: Quinta, 17 Maio 2012 13:25
Divulgação
Foto Água Doce investe R$ 36 milhões no Ceará

Estado ganhará sistemas que transformarão a água salobra em adequada para consumo humano. Subprodutos do processo permitirão a produção de peixes e de feno, este último destinado à alimentação de caprinos e ovinos.

 

Rafaela Ribeiro

 

O Ministério do Meio Ambiente anunciou, nesta quinta-feira (17/05), a assinatura de convênio do Programa Água Doce com o estado do Ceará. Está previsto investimento de R$ 36 milhões para recuperar e instalar um total de 222 sistemas simples de dessalinização. O anúncio foi feito nas comunidades de Monte Alegre e Calumbi, no município de Tauá, durante a inauguração da unidade demonstrativa do programa.

A unidade é um sistema de produção sustentável, integrado por três subsistemas independentes. No primeiro momento a água é captada pelo poço profundo, enviada a um dessalinizador e em seguida armazenada em reservatório para distribuição. No segundo momento, o resíduo do dessalinizador, água muito salina, é utilizado para a produção de tilápia.

No terceiro momento, o concentrado dessa criação, rico em matéria orgânica, é aproveitado para a irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia), que, por sua vez, é utilizada na produção de feno para a alimentação de ovinos e caprinos da região, fechando, assim, o sistema de produção ambientalmente sustentável.

 

IMPACTO SOCIAL


São ações integradas, de forte impacto social, que, além de produzir água potável para as comunidades atendidas, proporciona o aproveitamento econômico dos resíduos do processo. Como resultado, há melhoria da qualidade de vida da população e redução do impacto ambiental.

A implantação da unidade demonstrativa foi coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agopecuária (Embrapa Semiárido), Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e governo do Ceará, com recursos do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico (BNDES).

O coordenador do Programa Água Doce, Renato Saraiva, destacou a importância da paticipação social para garantir a permanência do sistema: "Além dos recursos para diagnóstico e implantação, o programa faz treinamentos para manunteção, manuseio e monitoramento". A comunidade é treinada para utilizar corretamente o equipamento e tomar todos os cuidados ambientais necessários.

Atualmente, nas comunidades de Monte Alegre e Calumbi, residem cerca de 85 famílias que, juntamente com as comunidades do entorno, são beneficiadas com o uso a água dessalinizada para o consumo. Destas, 33 famílias também são sócias da Associação Comunitária dos Produtores Rurais de Calumbi e participam da criação de peixe e cultivo da erva-sal.

Essas comunidades têm como atividades econômicas principais a agricultura de subisistência, a criação de bovinos, caprinos e ovinos. Em 2012 não choveu sequer uma vez nessa região. A única fonte de água potável dessa população é da unidade demonstrativa.

Além desses benefícios, foi observada significativa redução das doenças de veiculação hídrica. Resultado da melhora da qualidade da água e das oficinas de orintação para o correto manuseio e armazenamento da água potável realizadas por técnicos treinados pelo Ministério do Meio Ambiente.

 

POLÍTICA PÚBLICA


O Programa Água Doce busca estabelecer uma política pública permanente de acesso à água de qualidade para o consumo humano com o aproveitamento sustentável de águas subterrâneas, incorporando cuidados ambientais e sociais na gestão de sistemas de dessalinização.

A iniciativa beneficia 100 mil pessoas, em 152 comunidades distribuídas pelo semiárido, garantindo a seus moradores acesso à água potável. Além disso, o programa já capacitou mais de 600 pessoas, entre técnicos estaduais e operadores/ gestores (membros das comunidades) dos sistemas de dessalinização.

O Água Doce tem como meta atender um quarto da população rural do Semiárido até 2019, ou seja, o equivalente a 2,5 milhões de pessoas em dez anos. Suas ações foram iniciadas pelos municípios mais críticos em cada estado e nas áreas mais suscetíveis ao processo de desertificação.

ASCOM
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