Notícias
MMA vai elaborar plano contra ataques de tubarão
Objetivo é reduzir número de casos na costa brasileira, protegendo as pessoas e evitando que esse tipo de ocorrência atrapalhe o desenvolvimento do turismo
Crédito: Rubens Freitas/MMA
Ministro Ricardo Salles (C) durante workshop no ministério: consciência ambiental
Brasília – O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, participou nesta quinta (28) pela manhã do 1º Workshop Nacional de Soluções para a Prevenção e Educação de Acidentes com Tubarões, realizado na sede do MMA, em Brasília.
O seminário foi organizado pela Secretaria de Ecoturismo do ministério. O objetivo foi ouvir especialistas do Brasil e do exterior para coletar subsídios e produzir um plano de ação de combate a incidentes envolvendo tubarões no litoral brasileiro.
Estudos da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) mostram que, desde 1992, foram registrados 89 incidentes com tubarões em nove estados do litoral brasileiro. Pernambuco lidera as estatísticas com 66 ataques. São Paulo sofreu 11 e Maranhão, dez.
Segundo Salles, é preciso desenvolver mecanismo de monitoramento e controle desse risco para o turismo. “Mas as ações têm de ser feitas com consciência ambiental e levar em consideração as limitações naturais das tecnologias que, por sua vez, não são motivo para inação”, afirmou.
PAINÉIS
Durante o evento, foram apresentados painéis sobre o histórico dos ataques em Pernambuco, as características das espécies de tubarões envolvidas, os hábitos que tornam os banhistas mais vulneráveis e as estratégias para enfrentar o problema.
Segundo Leonardo Veras, presidente do Instituto Tubarões de Noronha, é importante alertar e conscientizar as pessoas sobre os riscos desses incidentes”. “Respeitar as orientações sobre como se comportar em áreas vulneráveis é a medida mais eficiente”, defendeu.
O secretario de Ecoturismo do MMA, Gilson Machado, que coordenou o workshop, disse que a repercussão que os incidentes causam nos meios de comunicação impactam negativamente no turismo.
Para ele, embora não seja o país com mais ataques (fica atrás da Austrália e EUA), o Brasil registra o maior número de mortes, devido à falta de estrutura de atendimento de emergência. “É importante sair do plano das estatísticas e ir para o plano da ação”, sugeriu ele.
AÇÕES
A partir das informações dos especialistas, a equipe da Secretária de Ecoturismo vai produzir plano de ação que deverá ser apresentado em dois meses. O plano vai conter uma série de medidas para evitar ou reduzir o número de casos de ataques no país.
Segundo o secretário-adjunto de Ecoturismo, Osvaldo Matos, a ideia inicial é desenvolver um projeto-piloto no Recife (PE), em uma área de cem metros na orla, a ser definida, para testar no local várias tecnologias de prevenção aos ataques de tubarão.
Ascom MMA
(61) 2028-1227
(61) 2028-1227
Redes Sociais