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Notícias

Terça, 10 Abril 2012 16:11

MMA tem novos dirigentes

Paulo de Araújo/MMA "Sejam mais ambiciosos e façam muito mais do que estamos propondo", pediu a ministra Izabella Teixeira na solenidade de posse. Trabalho deve se desenvolver de forma articulada, considerando os princípios da transparência. Luciene de Assis A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, empossou, nesta terça-feira (10/04) três novos integrantes de sua equipe. Na Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), o biólogo e professor da Universidade de Brasília Roberto Brandão Cavalcanti; na Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental (SMCQ), Carlos Augusto Klink, também biólogo de formação e ex-funcionário do Banco Mundial, e no Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBIO), o engenheiro agrônomo Roberto Ricardo Vizentin. A ministra lembrou que a posse confere um salto de qualidade na agenda ambiental, reforçando a posição de protagonista do Brasil nesta questão. Ao secretário Roberto Cavalcanti, pediu o estabelecimento de planos de manejo mais simplificados. Ela quer de Carlos Klink, da SMCQ, no âmbito do licenciamento ambiental, a convergência das ações entre diversidade biológica e mudanças climáticas, que conferem ao Brasil reconhecimento internacional. TRANSPARÊNCIA   Ao novo presidente do ICMBIO, Roberto Vizentin, determinou transparência nas decisões do órgão, por meio de uma diretoria colegiada; a construção de uma proposta para levar energia elétrica às comunidades que vivem dentro das unidades de conservação e o fortalecimentos dos centros de pesquisa científica, entre outros aspectos. "Sejam mais ambiciosos e façam muito mais do que estamos propondo", pediu Izabella Teixeira. Com longa experiência na área ambiental, Roberto Cavalcanti assume a Secretaria de Biodiversidade e Florestas com a missão de propor e definir políticas de conservação para florestas e para os biomas costeiros e marinhos, em atuação conjunta com a secretaria de Carlos Klink e com o ICMBIO, de Vizentin. "Trabalhem de forma articulada", recomendou a ministra. ASCOM
Sophia Gebrim Aumentar o consumo de alimentos saudáveis, a partir do uso sustentável dos recursos naturais, é o principal objetivo do Governo Federal com a Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica. A iniciativa, que está sendo elaborada por um Grupo de Trabalho Interministerial em conjunto com a sociedade civil, foi discutida nesta terça-feira (10/04), em Luziânia (GO), com representantes do governo e associações públicas e privadas. "Esse seminário encerra um ciclo de eventos regionais que o Ministério do Meio Ambiente promoveu para auxiliar a elaboração da política em prol da agroecologia e produção orgânica no país", destaca o secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Paulo Cabral. Participaram do encontro representantes de associações ligadas à agroecologia, a pequenos agricultores e movimentos de mulheres no campo, voltados para e agricultura familiar orgânica, agroecológica e agroextrativista. O secretário ressalta, ainda, a importância da construção conjunta da política e do processo de interlocução na preparação de uma base sólida de subsídios para as diretrizes futuras. Para ele, o objetivo do governo neste momento é envolver outros ministérios e órgãos fundamentais no processo, assim como buscar diagnosticar instrumentos e mecanismos para a política. "Com isso, estamos cumprindo o importante papel de ouvir a sociedade e todos os envolvidos com o tema para listar as prioridades e necessidades", diz o representante do MMA.   OBJETIVOS O Grupo de Trabalho Interministerial responsável pela elaboração da política é coordenado pela Casa Civil. Dele fazem parte representantes dos ministérios do Meio Ambiente; Desenvolvimento Agrário; Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Saúde; Educação; Planejamento, Orçamento de Gestão; e Fazenda. Além da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). São objetivos propostos pela política ampliar a produção, oferta e o consumo de produtos orgânicos e agroecológicos; assegurar assistência técnica e extensão rural e recursos financeiros para o desenvolvimento do beneficiamento, da comercialização e da produção orgânica e agroecológica; promover a produção agrícola e extrativista com a conservação dos recursos naturais e genéticos ampliando a ge ração de renda aos produtores por meio do acesso e desenvolvimento de mercados; estruturar um sistema de informações sobre os produtores e a produção orgânica e de base agroecológica; consolidar e fortalecer os mecanismos de controle para a garantia da qualidade orgânica; e reconhecer e retribuir os serviços ambientais prestados pelos agricultores agroecológicos e orgânicos. ASCOM
Quinta, 05 Abril 2012 15:30

Os números do desmatamento

Martim Garcia/MMA Situação atípica no Mato Grosso está sendo investigada. Ibama e outros órgãos federais estão em campo desde o início do ano. Em três meses, foram embargados 7 mil hectares e aplicados R$ 49,5 milhões em multas.   Mariana Branco  O desmatamento na Amazônia Legal, identificado pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter), caiu 48,2% em março deste ano frente ao mesmo mês de 2011, de 116 para 60 quilômetros quadrados. Na comparação do período de agosto a março 2010/2011 com agosto a março de 2011/2012, o total da área desmatada ficou estável. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (05/04), em Brasília, pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Os números apontaram um pico de desmatamento no estado de Mato Grosso em fevereiro. De acordo com Izabella Teixeira, isso aconteceu porque a região ficou encoberta por nuvens de outubro de 2011 a janeiro de 2012. Com a redução da cobertura de nuvens em fevereiro, foi possível detectar os desmatamentos acumulados no período, que somaram 307 quilômetros quadrados. "Estamos pedindo à Secretaria de Meio Ambiente de Mato Grosso para verificar legalidade desses desmatamentos", afirmou a ministra.   MIGRAÇÃOO Ministério do Meio Ambiente (MMA) também verificará os motivos da elevação do desmatamento em Roraima. Segundo Izabella Teixeira, o aumento do desmatamento de 12 para 56 quilômetros quadrados no período de agosto/2011 a março de 2012 frente a igual intervalo em 2010/2011 pode estar relacionado à migração de atividade madeireira ou outras atividades econômicas  para o Sul do Estado. Nos demais estados da Amazônia Legal, ainda não é possível avaliar o desmatamento em virtude da grande cobertura de nuvens. Os dados do Deter são fornecidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) para fins de fiscalização. Esses dados são disponibilizados mensalmente no site do INPE. A ministra destacou que agentes do Ibama em conjunto com Polícia Federal, Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Instituto Chico Mendes, estão em campo desde 1º de janeiro intensificando a fiscalização. "Estamos mudando a estratégia, sem esperar virem dados do Deter para agir", disse. Do início de 2012 até 16 de março, o Ibama embargou 7 mil hectares e aplicou R$ 49,5 milhões em multas por desmatamento ilegal. Confira os dados apresentados durante a coletiva.  ASCOM
Quinta, 05 Abril 2012 15:29

Ministra inaugura laboratório florestal

Sophia Gebrim A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, inaugurou na tarde desta quinta-feira (05/04), as áreas de secagem e de preservação do Laboratório de Produtos Florestais do Serviço Florestal Brasileiro SFB), ligado ao Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais (Ibama). O prédio de dois pavimentos possui área total de 428m2, onde serão instalados equipamentos de testes, estufas de secagem de madeira, câmaras de climatização, planta para impregnação com produtos preservantes, balanças e instrumentos de medição.  "A importância dessa estrutura vai além dos campos da pesquisa e capacitação científica pois, a partir do conhecimento das madeiras aqui analisadas é que aprimoramos a chave de identificação de espécies cadastradas on line em base de informação", explica a ministra. A partir daí, o fiscal do Ibama no campo pode identificar que tipo de madeira é aquela que está sendo objeto de desmatamento e se ela esta protegida na lista de espécies ameaçadas de extinção. O outro importante ganho com a inauguração do laboratório é aumentar o conhecimento técnico e científico a respeito da biodiversidade brasileira e o aproveitamento e possíveis usos daquilo que são os recursos madeireiros no Brasil. "Com isso, conseguimos um espaço laboratorial que testa, com equipamentos e recursos de pesquisa, toda a parte de compostos da madeira seca, qual o tipo de madeira analisado e a sua efetiva durabilidade", destaca Izabella Teixeira.  QUALIDADE Por fim, a ministra ressaltou a importância de conhecer a biodiversidade não só para protegê-la, mas para os usos sustentáveis daquilo que é o avanço do domínio tecnológico, buscando sempre proteger o homem e o meio ambiente. "Esse é mais um avanço naquilo que o Ministério do Meio Ambiente faz e mostra, ainda, que trabalhamos com pesquisa e conhecimento, oferecendo benefícios para aprimoramento da gestão ambiental no Brasil". Os estudos em secagem da madeira têm impacto na indústria madeireira, uma vez que por se tratar de uma etapa crítica do processamento desse produto, as indústrias do setor madeireiro e moveleiro necessitam de informações sobre as madeiras que processam, tal como o seu comportamento na secagem e o programa de secagem adequado para que se possa garantir a qualidade do produto final, evitando-se defeitos como rachaduras e empenamentos, resultantes de uma secagem deficiente ASCOM
Quarta, 04 Abril 2012 15:27

Brasil discute estratégia para a Rio+20

Márcia Kalume/Senado Acesso à água e produção de alimentos estarão na ordem do dia da reunião, segundo Dilma Rousseff. Brasil faz revisão Plano Nacional de Mudanças Climáticas. Mudanças serão apresentadas em novembro, durante reunião no Qatar.  Mariana Branco O debate sobre mudança do clima passa necessariamente por questões de geopolítica, sociais e econômicas, afirmou nesta quarta-feira (04/04) a presidenta Dilma Rousseff. Ela participou, no Palácio do Planalto, de reunião ordinária do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas. Na agenda do encontro, a revisão do Plano Nacional de Mudanças Climáticas (PNMC) e a preparação do Brasil para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) no que diz respeito ao tema. A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, divulgou a agenda para consolidação dos planos setoriais do PNMC. De acordo com ela, de maio a julho deste ano haverá uma consulta pública pela internet a respeito das práticas e estratégias para mitigar as mudanças climáticas em setores como indústria, saúde, mineração e transportes. Em julho, haverá a análise dos resultados e, de agosto a novembro, o plano passará por revisão. A previsão é de que o texto revisto seja apresentado em novembro, no Qatar, durante a Conferência das Partes (COP) da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas. Ficou acertado ainda que o Ministério do Meio Ambiente e o Ministério das Relações Exteriores organizarão um encontro extraordinário do FMCB para discutir os principais pontos sobre mudanças climáticas a serem tratados na Rio+20. DEBAIXO DA MESA A presidenta da República destacou que a conferência sobre desenvolvimento sustentável, que acontece de 13 a 22 de junho, no Rio de Janeiro, será importante por ser a primeira a tratar oficialmente da relação existente entre questões ambientais, pobreza e crescimento. "Nós vamos explicitar uma discussão que estava embaixo da mesa", afirmou."Vários desafios se conjugam para os países que lá estarão, como acesso à água e produção de alimentos". O Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas tem como finalidade conscientizar e mobilizar a sociedade para a discussão e tomada de posição sobre os problemas decorrentes da mudança do clima por gases de efeito estufa. O FBMC é presidido por Dilma e integrado por 12 ministros de Estado, pelo diretor-presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), pesquisadores, acadêmicos e representantes da sociedade civil. ASCOM
Quarta, 04 Abril 2012 15:26

Itália dá exemplo de embaixada verde

Letícia Verdi O desafio de sincronizar sustentabilidade com crescimento econômico foi tema do seminário Economia Verde e Rio+20, realizado na tarde desta quarta-feira (04/04) na Embaixada da Itália em Brasília. Denominada embaixada verde, a representação diplomática italiana no Brasil é alimentada por 600 metros quadrados de painéis fotovoltáicos, instalados no teto do prédio, e consome água que posteriormente é tratada por um sistema de fitodepuração - um jardim com espécies de plantas específicas usadas para filtragem. Compondo a mesa de abertura do seminário, a secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Samyra Crespo, parabenizou a iniciativa italiana, afirmando estar em total sintonia com a proposta da Agenda Ambiental na Administração Pública (A3P), criada em 1998 pelo governo brasileiro e parte do Plano Plurianual desde 2003. Hoje, a A3P já conta com a adesão de 400 instituições públicas, entre elas o Senado e o Tribunal Regional do Trabalho do Distrito Federal, detentores de certificado de construção 100% verde. Dessas adesões, 78 são do poder público federal. DIFERENÇAS O exemplo da primeira embaixada verde será levado pela Itália para a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (Rio+20), em junho, junto com outros projetos que utilizam soluções de aproveitamento de energia limpa e construções com baixo impacto ambiental. Segundo a representante do MMA, o governo está otimista em relação à Rio+20, contando já com 98 confirmações de chefes de Estado, entre os quais os primeiros ministros da China e da Alemanha.  "Diferente da Rio 92, a conferência deste ano traz uma nova geopolítica: naquela ocasião, as propostas eram apresentadas pelos países desenvolvidos para os emergentes", disse. "Dessa vez, os países em desenvolvimento tem soluções a apresentar". Ela destacou ainda a importância da "liderança suave" que o Brasil vai exercer durante o evento, não sendo apenas hospedeiro, mas respeitando as relações de cooperação, acolhendo opiniões e procurando convergências. Aproveitando a platéia formada por empresários brasileiros e italianos, além de membros do governo, Samyra Crespo alertou para a necessidade de mudanças nos padrões de consumo, apontando o caminho das compras sustentáveis. Segundo pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), 17,5% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro é formado por compras governamentais. Portanto, uma mudança nesse setor teria um impacto considerável e já seria um alento para a chamada economia verde. O anfitrião do evento, embaixador Gherardo La Francesca, destacou o ineditismo do projeto de embaixada verde, onde foram aplicadas tecnologias que respeitam o meio ambiente e são proveitosas do ponto de vista econômico. Para ele, a solução para a questão ambiental deve contar com a participação de empresas privadas. Durante a tarde toda, empresários italianos e brasileiros debateram velhos e novos sistemas integrados de água e energia, ecoarquietura e edificações sociais. INOVAÇÕES A esse propósito, a diretora do Departamento de  Desenvolvimento Institucional e Cooperação Técnica do Ministério das Cidades, Junia Santa Rosa, afirmou que, no âmbito do programa do governo federal Minha Casa Minha Vida, estão sendo estudadas inovações em sustentabilidade. "Nós temos um aprendizado a ser empreendido em relação ao tema, ou seja, levar a produção sustentável para o grupo social atendido pelo programa", disse. O assessor para a Rio+20 do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, Carlos Joly, elogiou o sistema adotado pelo governo italiano em Brasília: "Demonstra que é possível com energia fotovoltáica manter um prédio como esse. É exemplo para a Companhia Energética de Brasília (CEB). Temos muito ainda o que fazer em relação aos prédios sustentáveis". O ministro italiano do Meio Ambiente e da Tutela dos Territórios e do Mar, Corrado Clini, também presente ao seminário, lembrou que o custo ambiental não poderia superar o crescimento econômico: "Precisamos de energia limpa para sustentar o crescimento. Se não, o custo supera a vantagem. Em Pequim, por exemplo, o ministro do Meio Ambiente chinês me disse que, para limpar os rios poluídos em decorrência do boom econômico, o governo terá que gastar mais do que os 8% ganhos com o crescimento".    ASCOM
Quarta, 04 Abril 2012 15:13

Água e meio ambiente andam juntos

Luciene de Assis O debate em torno da conservação dos recursos hídricos precisa estar diretamente ligado às discussões relacionadas à preservação ambiental. O ponto de vista foi defendido pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, durante audiência pública realizada na manhã desta terça-feira (04/04), na Subcomissão Permanente da Água do Senado. Segundo ela, água e meio ambiente não podem estar dissociados do discurso de preservação dos recurso naturais disponíveis. Ao comentar os resultados positivos do VI Fórum Mundial da Água, realizado em Marselha, França, de 12 a 17 de março passado, com a participação de mais de 170 países, a ministra lembrou que, em poucos anos, a população do planeta chegará a 9 bilhões de pessoas, sendo que 94% dos habitantes da América Latina estarão concentrados nas cidades, segundo previsão da Organização das Nações Unidas (ONU). E este considerável aumento populacional demandará um consumo cada vez maior dos recursos hídricos e alimentos. DUAS DÉCADAS Izabella Teixeira lembrou que a água é um recurso estratégico, conduz à vida, tem função econômica e de inclusão social. O país, lembrou, tem papel de convergência e mobilização, no que se refere à produção de alimentos, ao uso dos recursos hídricos e na recuperação do solo, temas que farão parte também da agenda do Fórum Mundial da Água em 2018 no Brasil. Antes, porém, o Ministério do Meio Ambiente espera receber propostas de todos os segmentos organizados da sociedade, durante as discussões da Mesa Redonda sobre Recursos Hídricos, Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio +20: "Serão os desafios do Brasil para os próximos 20 anos, com integração ambiental e inclusão social", reforçou a Ministra. Para a senadora Kátia Abreu (PSD-TO), presidente da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, é preciso incluir no debate a oferta, a quantidade e a qualidade desse recurso disponível. A senadora disse que, em termos internacionais, os agricultores brasileiros estão em desvantagem competitiva em relação aos produtores de outros países, que podem usar 100% de suas propriedades, em referência aos 20% de área protegidas por lei ambiental brasileira. Mas a ministra Izabella Teixeira divergiu: "Proteger as APPs (Áreas de Proteção Ambiental) é assegurar a sustentabilidade das propriedades. Temos de ser inovadores e estimular a recuperação dos recursos hídricos para termos produção agrícola contínua".  ASCOM
Paulo de Araújo Ministra afirma que o mercado ilegal é socialmente injusto e ambientalmente degradante, além de utilizar de mão de obra infantil e trabalho escravo. Em quatro anos, setor, responsável por 4% do PIB, produzirá 100% de suas necessidades. Luciene de Assis  As 13 empresas produtoras de aço no Brasil lançaram, na tarde desta terça-feira (03/04), na sede da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em Brasília, o Protocolo de Sustentabilidade do Carvão Vegetal. Vinculadas ao Instituto Aço Brasil, as indústrias se comprometem a atuar na cadeia do carvão vegetal, de forma a eliminar as "práticas e atividades que violem os direitos trabalhistas ou causem danos ao meio ambiente", como estabelece o documento. A ministra do Meio Am"iente, Izabella Teixeira, participou da solenidade de lançamento do protocolo e reafirmou a necessidade de se privilegiar a produção sustentável do carvão vegetal. As indústrias do setor se comprometem, em até quatro anos, chegar a 100% de florestas plantadas para atender à demanda do carvão vegetal na produção do aço. Em 2011, 80% do carvão vegetal consumido por esta indústria saíram de florestas próprias plantadas, 10% vieram de florestas plantadas de terceiros e os outros 10%, de resíduos florestais legalizados. De acordo com o presidente do conselho do Instituto Aço Brasil, André Gerdau Johampeter, o lançamento do protocolo se propõe a ratificar, de forma voluntária, o compromisso dos empresários com a sustentabilidade. Segundo ele, o Brasil produziu, em 2011, quase 48 milhões de toneladas de aço bruto, representando faturamento de R$ 65,6 bilhões. IMPACTOPesquisa da Fundação Getúlio Vargas, encomendada pelo Instituto Aço Brasil, mostra o significativo impacto da atividade na economia brasileira, com participação de 4% no total do Produto Interno Bruto (PIB). Gerdau afirma que cada emprego gerado no setor do aço proporciona outros 23 empregos na cadeias de fornecimento ou relacionadas. Mas reclamou que o setor está sofrendo reiteradas pressões devido às importações diretas de aço, que somaram mais de 3,7 milhões de toneladas em 2011, e das mais de 5 milhões de toneladas que entraram a partir das importações indiretas, configuradas pela aquisição de máquinas, veículos, equipamentos e autopeças. "O essencial, neste protocolo, é gerar informação com transparência, a partir de um compromisso formal das empresas signatárias do documento de não comprar carvão vegetal de origem ilegal, mas somente usar os estoques provenientes de plantio próprio ou de terceiros, produzidos em consonância com os requisitos legais", salientou. Para a ministra Izabella Teixeira, é preciso buscar novos caminhos de competitividade para esse segmento industrial.  "É preciso excluir da relação do aço o mercado ilegal de carvão vegetal, um mercado socialmente injusto e ambientalmente degradante", acrescentou. "Não justifica um país como o Brasil, ou em nenhum outro país, utilizar mão de obra infantil e trabalho escravo". Cristina Yuan, do Instituto Aço Brasil, disse que o setor, ao longo dos anos, tem buscado maximizar a eficiência dos processos produtivos, que consomem muita água e energia. Segundo ela, o índice de reciclagem de coprodutos na indústria do aço chega a 93% e o percentual de reaproveitamento da água é superior a 94%. ORIGEM Para o diretor de competitividade do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC), Alexandre Cumin, como o carvão vegetal é proveniente de florestas, é necessário que indústria do aço considere a origem da madeira. "Estimamos que metade da madeira usada na produção de carvão vegetal no Brasil seja de origem ilegal", observou.  Cumim lembrou que o carvoejamento é outro problema a ser considerado. E defendeu a modernização do processo e a utilização de tecnologias já disponíveis para substituir as técnicas rudimentares desse sistema de trabalho. "São alternativas capazes de tornar sustentável o carvoejamento, representando um diferencial competitivo para o país, já que o Brasil produz 2,5% de todo o aço consumido no mundo", reforçou.   ASCOM
Terça, 03 Abril 2012 15:09

Seca atinge 17% da população

Divulgação Fenômeno ocorre em área superior a 1,34 milhão de quilômetros quadrados, habitada por 31,6 milhões de pessoas. Governo tem alternativas para reverter a situação. Sophia Gebrim Ao longo dos anos, a exploração de recursos naturais e mudanças climáticas provocam os mais variados impactos nos ecossistemas e, em diversos casos, a degradação da terra e redução da oferta de água. Esses processos, quando se intensificam, podem levar à desertificação da terra, resultado da falta de manejo adequado dos recursos naturais nas regiões semiáridas e subúmidas secas. No Brasil, essas áreas somam mais de 1,34 milhão de quilômetros quadrados e abrigam 31,6 milhões de habitantes, ou 17% da população. Para discutir os impactos das mudanças climáticas e aquecimento global no meio ambiente e na agricultura e apresentar alternativas para a redução dessas adversidades, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) promove nesta terça-feira (03/04), a 3ª Reunião Técnica do Cemaden, em Fortaleza (CE). O diretor do Departamento de Combate à Desertificação da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campello, faz  no encontro apresentação sobre mudanças climáticas e políticas de combate à desertificação. Segundo o representante do MMA, a estratégia brasileira no combate ao problema está no Plano de Ação Nacional de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca, que reflete os compromissos do país perante a Convenção das Nações Unidas para o Combate a Desertificação. "Todos os estados afetados - os nove do Nordeste, além de Minas Gerais e Espírito Santo -, estão com seus planos de combate elaborados e já sendo executados", diz. Os planos foram desenhados com o objetivo de focar nas práticas sustentáveis para valorizar o homem no processo de conservação e assegurar o desenvolvimento regional. INCLUSÃO PRODUTIVA Cada plano estadual resulta em um conjunto de iniciativas, apoiadas pelo Ministério do Meio Ambiente, com o objetivo de promover ações de inclusão produtiva sustentável nas regiões mais afetadas pela seca. "Para fortalecer a ação, foram implantados mais de 27 projetos nesses estados, com investimentos de R$ 20 milhões, voltados à segurança alimentar, energética e hídrica nas áreas susceptíveis à desertificação", destaca. As ações de fomento estadual foram obtidas por meio de articulações com o Fundo Clima, Fundo Socioambiental da Caixa Econômica Federal, Fundo de Desenvolvimento Florestal e Fundo Nacional do Meio Ambiente. A iniciativa também conta com a cooperação técnica do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e com o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA). ASCOM
Segunda, 02 Abril 2012 15:07

Manejo sustentável é tema de reunião

Martim Garcia/MMA Representantes de oito países participam de encontro em Brasília. O objetivo é avaliar o Programa de Investimentos em Florestas, iniciativa de alcance internacional que destina recursos financeiros para o manejo sustentável Mariana Branco Os países-piloto do Programa de Investimentos em Florestas (Fip, na sigla em inglês) reuniram-se nesta segunda-feira (02/04) em Brasília. Durante o encontro, que vai até quarta-feira (04/04), representantes de oito países (Brasil, Burkina Faso, República Democrática do Congo, Gana, Indonésia, Laos, México e Peru ) falarão sobre iniciativas de sucesso em seus territórios e discutirão o que é preciso melhorar na implementação do programa. O Fip é iniciativa de alcance internacional, que destina recursos financeiros para o manejo sustentável de florestas e redução de emissões dos gases do efeito estufa causadas por desmatamento. O programa é uma das iniciativas do Fundo de Investimento no Clima (CIF, na sigla em inglês). Criado em 2007, funciona graças a doações de países como Austrália, Dinamarca, Espanha, Japão, Noruega, Reino Unido e Estados Unidos, que reservam verba para os países-piloto. Atualmente, possui US$ 639 milhões (o equivalente a R$ 1,167 bilhão) em caixa. Na abertura da reunião sobre os rumos do programa, o secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, ressaltou o papel de liderança do Brasil no diálogo internacional sobre mudanças do clima, mas frisou que o país precisa intensificar as ações internas. "O Brasil tem tido um papel muito crucial nas negociações internacionais. Mas não quer apenas isso, quer ações concretas", afirmou. O plano de investimentos brasileiro para o Fip tem foco no Cerrado. Ele inclui a expansão do monitoramento de florestas do país para o bioma; o fortalecimento da agricultura sustentável e de baixo carbono na área e o apoio à conservação de florestas com a participação de comunidades locais. TROCA A vice-gerente de programa do Fundo de Investimentos no Clima, Funke Oyewole, da Nigéria, disse acreditar que as discussões entre os países-piloto do Fip serão proveitosas. "É uma oportunidade muito boa de troca", comentou. Além de representantes das nações, organizações não-governamentais como WWF e Global Witness enviaram participantes à reunião, organizada pelo MMA e se realiza na sede da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Os dois primeiros dias do encontro serão de debates. Na quarta-feira, os visitantes serão levados para conhecer a Área de Proteção Ambiental (APA) Gama Cabeça de Veado, o Jardim Botânico do Distrito Federal e uma fazenda que pratica plantio sustentável de soja em Luziânia (GO). ASCOM
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