LUCAS TOLENTINO
O Comitê Gestor do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima (Fundo Clima) realizou, nesta terça-feira (15/04), a sua 13ª reunião ordinária. Formado por representantes do governo federal, dos estados e da sociedade civil organizada, o comitê aprovou o texto do Plano Anual de Aplicação de Recursos do Fundo (PAAR) para este ano e analisou a carteira de projetos apresentados e selecionados até o momento.
A intenção é priorizar a execução de recursos e programas não reembolsáveis aprovados. O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Carlos Klink, afirmou que os prazos definidos pelos gestores do Fundo Clima serão cumpridos. “É preciso dar celeridade ao processo e focar na execução do máximo de projetos possíveis”, afirmou.
Foram apresentados, ainda, os primeiros projetos selecionados nos dois editais lançados este ano. Um deles será destinado a projetos de recuperação, proteção e restauração de nascentes e o outro terá como objetivo financiar programas e estudos para aproveitamento energético solar e do biogás.
POPULAÇÕES VULNERÁVEIS
As populações urbanas suscetíveis a eventos naturais extremos, os envolvidos com serviços ambientais e os produtores rurais, em especial os que atuam em áreas afetadas por inundações e secas prolongadas, serão os beneficiados finais pelo edital de recuperação das nascentes. O objetivo é promover ações como planos de intervenção em bacias hidrográficas, revegetação de áreas de risco com espécies nativas e estudos sobre a situação ambiental de regiões vulneráveis.
Já a chamada pública destinada ao aproveitamento energético contemplará populações vulneráveis aos efeitos das mudanças do clima, produtores rurais, cadeia produtiva de suínos e aves, municípios, instituições públicas, empresas de pequeno porte e segmentos sociais. O edital inclui, entre outras coisas, propostas de estudos sobre eficiência energética no país, projetos inovadores de uso da energia solar e avaliações sobre o potencial de uso sobre o biogás gerado.