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Brasil articula estratégia para aprovar Santuário de Baleias na próxima reunião da CIB

Publicado: Terça, 21 Maio 2002 21:00 Última modificação: Terça, 21 Maio 2002 21:00
Agência Meio Ambiente (22/05) - Brasil, Estados Unidos, Austrália, Inglaterra e Nova Zelândia já estão discutindo uma estratégia conjunta para aprovar a criação dos Santuários de Baleias do Atlântico Sul e o do Pacífico Sul na próxima reunião da Comissão Internacional Baleeira (CIB), que será realizada no ano que vem em Berlim, na Alemanha. O ministro do Meio Ambiente, José Carlos Carvalho, criticou a CIB pela não aprovação dos santuários na reunião anual da comissão, que prossegue até amanhã (23/05) em Shimonoseki, no Japão. ?A CIB tem uma visão anacrônica da questão baleeira. É inadmissível que os interesses comerciais de um pequeno grupo de países, liderados pelo Japão, consigam manter em prática uma atividade condenada em quase todo o mundo?, disse Carvalho. O ministro considera que, embora a proposta brasileira tenha sido derrotada, a cada ano aumenta o número de países favoráveis à criação dos santuários. A exploração letal das baleias foi banida no Brasil em 1987. Deste então, a atividade constitui ilícito, não tendo sido registrados casos de captura. As baleias são protegidas de forma ainda mais especial, na APA da Baleia Franca, uma faixa de 100 km no litoral de Santa Catarina, e no Parque Nacional Marinho de Abrolhos, no litoral da baleia. Nestes locais, onde há uma concentração dos mamíferos próximo à costa, no caso de Santa Catarina, e junto às ilhas, os barcos com turistas são obrigados a manter a distância limite de 100 metros para não assustar os animais. Por ser rota de migração de 10 dentre as 12 diferentes espécies de grandes baleias (as conhecidas franca, jubarte, fin, sei, minke, azul, por exemplo), o Brasil esteve no rol dos caçadores até 1984, quando foi aprovada internacionalmente pela CIB uma moratória de 50 anos na captura. As baleias nadam até a linha do Equador para acasalamento e procriação em águas mais quentes e depois retornam à Antártica. A vantagem da criação dos Santuários é que, mesmo que a moratória seja interrompida antes do prazo fixado pela CIB, a captura das baleias ficaria proibida nestes locais.
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