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Sarney Filho defende consenso entre ambientalistas

Publicado: Quarta, 15 Novembro 2000 22:00 Última modificação: Quarta, 15 Novembro 2000 22:00
Ao abrir a 27ª Reunião Extraordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama) na última terça-feira, o ministro do Meio Ambiente, José Sarney Filho, defendeu a busca de consenso entre indigenistas e ambientalistas para solucionar o impasse criado em torno da sobreposição de unidades de conservação e áreas indígenas. A reunião do Conama foi convocada para discutir este tema que, há anos, gera impasse entre as partes envolvidas. A reunião analisou ainda a conservação da biodiversidade em áreas indígenas.

Este ano duas áreas de conservação foram ocupadas por índios que reivindicam a posse das terras: Parque Nacional de Monte Pascoal (BA) e Parque Nacional do Araguaia (GO). Há, atualmente, 45 unidades de conservação federais sobrepostas a áreas indígenas. "Acredito que possamos chegar a um denominador que concilie nossa política de proteção à biodiversidade, por meio da manutenção de áreas protegidas, com a política da demarcação de terras indígenas", continuou. "As unidades de conservação são patrimônio do povo brasileiro, estando sob nossa responsabilidade zelar por sua integridade. Podemos ser parceiros, mas não seremos reféns", enfatizou Sarney Filho.

Durante a reunião, foi criado um grupo de trabalho formado por representantes de ONGs, para acompanhar os debates do Grupo de Trabalho Interministerial constituído em julho passado com o objetivo de apontar diretrizes para a regularização das superposições existentes em áreas protegidas e terras indígenas.

Preocupado com a busca de entendimento, Sarney Filho ressaltou as dificuldades que existem, "até de constrangimento", para o fato de ter que defender a natureza contra os próprios índios. "É importante lembrar, quando se fala em uso tradicional da terra pelos índios, que, naquela época, não existia rede de pesca, espingarda, bombas que se joga na água ou motoserra", disse. Segundo o ministro, hoje muitas comunidades indígenas estão sendo pressionadas a fazer uso econômico da floresta, sem qualquer orientação e a um risco grande para a biodiversidade.

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