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Alternativas

 

Soluções

Imagem  Alternativas

O consumidor consciente tem disponível uma série de alternativas já a seu alcance, como as sacolas retornáveis, os produtos comprados a granel, ou que possuem a opção de refis ou vasilhames retornáveis.

Listamos algumas dessas alternativas já disponíveis, falando das vantagens ambientais de sua adoção:

 

Imagem  Sacolas retornáveis

No mundo, mais de 500 bilhões de sacolas plásticas são distribuídas ao ano. No Brasil, cerca de 1,5 milhão saem das lojas para as mãos dos consumidores por dia - aproximadamente 35 mil por minuto! Estima-se que este tipo de saco plástico demore 450 anos para se decompor. Em São Paulo, por exemplo, as sacolinhas plásticas correspondem a 40% das embalagens jogadas no lixo, e ocupam de 15% a 20% do volume de um lixão, embora correspondam a apenas 4% a 7% de sua massa.

Em nosso País, 80% das sacolas plásticas são reutilizadas como saquinhos de lixo, acondicionando lixo doméstico de toda espécie - restos orgânicos, plásticos, vidros, papéis, lixo de banheiro, etc. As sacolinhas plásticas então, em sua grande maioria, seguem para os lixões e aterros, onde não são recicladas e ajudam a impermeabilizar uma área já muito comprometida. As que não chegam até lá podem ser vistas voando com o vento, presas nas árvores e fios de alta tensão, sujando praias e matas, sendo ingeridas por animais.

Desde que substituíram os sacos de papel kraft na década de 1980, as sacolas plásticas mudaram os hábitos dos brasileiros. Causaram uma revolução na limpeza pública: aqueles que não tinham condição - ou vontade - de comprar sacos plásticos, passaram a adotar as sacolinhas distribuídas gratuitamente por lojas e supermercados como saquinhos de lixo. O lixo orgânico, biodegradável por natureza, passou a ser restringido a um invólucro impermeável, apodrecendo lá dentro sem voltar ao ciclo ambiental como poderia. Os aterros, recebendo milhares de saquinhos por dia, vão se enchendo e enchendo, sendo cenário de pouca ou nenhuma biodegradação, até que uma nova área seja necessária para que o lixo continue sendo despejado.

Soluções como a reciclagem e a compostagem são fundamentais, mas posteriores: primeiro, é essencial diminuir o consumo exagerado das sacolas. Recusar sacolinhas desnecessárias é o primeiro passo - é mesmo necessário levar duas sacolas para uma garrafa de refrigerantes, por exemplo? As sacolas plásticas devem estar dentro das especificações técnicas, ter estampado o peso que suporta e que utilizemos toda essa capacidade.

As sacolas retornáveis nada mais são que as antigas sacolas de feira, feitas dos mais diversos materiais - nylon, tecido, palha, mesmo plásticos mais resistentes. A sacola retornável é aquela que pode ser utilizada inúmeras vezes. Adotar uma sacola retornável significa reduzir seu consumo de sacolas plásticas para transportar suas compras e, conseqüentemente, a quantidade de resíduos plásticos que produz.

E qual é a solução para acondicionar o lixo?
Há alternativas às sacolinhas plásticas?

"Onde jogarei meu lixo se devo reduzir meu consumo de sacolas plásticas?" é a pergunta mais repetida pelos consumidores depois que começou o debate sobre o impacto ambiental das sacolas plásticas. A resposta é trabalhosa, mas também apenas uma questão de hábito: separação e correta destinação do lixo doméstico.

O lixo doméstico pode ser dividido basicamente em 3 categorias: resíduos orgânicos (restos de comida, cabelo, podas de jardim, etc); resíduos secos (composto, em sua maioria, de materiais recicláveis); e lixo de banheiro. Isso significa que devemos ter três recipientes diferentes, um para cada tipo de lixo (ou resíduo). Em uma situação ideal, onde podemos contar com a coleta seletiva, cada um deles deverá ter uma destinação diferente: resíduos orgânicos seguem para compostagem; materiais recicláveis para a reciclagem; e o lixo de banheiro diretamente para os aterros sanitários.

Contudo, ainda que separemos nosso lixo corretamente, ainda precisaremos de sacos plásticos para acondicionar os resíduos orgânicos e o lixo de banheiro. A alternativa existente no mercado hoje é a mesma de muitos anos atrás: os antigos sacos plásticos de lixo. Um grande saco plástico de 50 litros ou mais de capacidade contém o mesmo volume de lixo que várias sacolinhas plásticas: sua utilização diminuirá, portanto, a quantidade de resíduos plásticos gerados. A inovação do bioplástico (plástico feito a partir de fonte renovável)  é que ele poderá ser compostado juntamente com os resíduos orgânicos - tão logo esteja sendo comercializado, será uma ótima alternativa para acomodar estes resíduos, que poderão seguir com saco e tudo para a compostagem.

Atualmente, são poucos os municípios que oferecem sistemas de coleta seletiva, mas há cooperativas de catadores em muitas cidades do Brasil, bastando apenas contatá-las e encaminhar nosso material reciclável. Os sistemas de compostagem são ainda em menor número, mas é possível montar uma composteira no quintal de casa ou mesmo uma composteira comunitária, produzindo adubo que pode ser usado por todos. Contudo, de fato, hoje ainda não há alternativa prática para acomodar o lixo e o uso de sacos plásticos continua necessário.

A solução é trabalhosa - exige que mudemos nossos hábitos frente ao lixo que geramos - mas só será construída com o envolvimento de cada um e de todos.

 

 

Imagem  Produtos comprados a granel

Diversas lojas (padarias, supermercados, sacolões) oferecem a opção de compra de produtos a granel, ou seja, embalados na quantidade que o cliente quiser, na hora.

Esta opção é interessante ao nos darmos conta de que estaremos levando um número menor de embalagens para conter o mesmo produto (frios, legumes e frutas, embutidos): em lugar de levarmos, por exemplo, duzentos gramas de queijo fatiado embalados em uma bandeja de isopor e recobertos por plástico filme, podemos solicitar ao atendente que fatie o queijo para nós e o embale em apenas um invólucro (plástico ou papel vegetal). Em lugar de dois resíduos, estaremos gerando apenas um.

Outra questão importante é nosso costume de embalar frutas e legumes separadamente em diversos saquinhos plásticos para a pesagem. Algumas lojas permitem que o consumidor reúna todos os produtos que irá levar em um mesmo saquinho e os pese separadamente, soltos, no caixa. Para aquelas frutas e legumes que não sofrerão ao serem acomodadas juntas, esta é uma atitude simples que diminuirá ainda mais a quantidade de saquinhos plásticos que levaremos para casa e, em seguida, descartaremos.

 

Imagem  Produtos com refil

As embalagens de refis geralmente utilizam menos matéria-prima para sua fabricação, por serem mais simples, terem menos componentes. Dando preferência a produtos que oferecem a opção de refil, diminuímos a pressão por recursos naturais e energia para a produção de novas embalagens. É interessante avaliar, no entanto, o material de que é feita a embalagem-refil, buscando sempre embalagens recicláveis ou feitas de material reciclado.

 

Imagem  Vasilhame retornável

Alguns produtos oferecem a alternativa de vasilhames retornáveis, ou seja, após conterem o produto, podem retornar à fabrica para novo envase (para que sejam preenchidos novamente com o produto). Isso acontece especialmente com bebidas - refrigerantes, cervejas, água - cujos vasilhames podem fazer de 8 a 30 viagens. A adoção de vasilhames retornáveis diminui a compra de garrafas descartáveis (PET, por exemplo), que são utilizadas apenas uma vez, diminuindo assim a quantidade de resíduos gerados.

Contudo, as embalagens retornáveis implicam algumas etapas que devem ser consideradas para que o balanço energético entre esta opção e seu similar descartável seja realmente interessante para o meio ambiente. As embalagens retornáveis exigem o transporte de volta à fábrica e sua lavagem, o que significa mais emissões de gases de efeito estufa pelos caminhões e uso de água e outros produtos para garantir a higiene do vasilhame. O balanço energético será interessante quando a fábrica onde será reenvasado o produto não ficar muito longe do local de venda e o processo de higienização consumir uma quantidade racional de água. 

 

Imagem  Produtos concentrados

Algumas empresas oferecem seus produtos em formato concentrado, contendo em apenas uma embalagem o equivalente a muitas delas do produto normal não concentrado. Você terá o mesmo produto para uso, com muito menos embalagem, pois eles exigem menor quantidade para obter o mesmo resultado. Ou seja, ao longo de um determinado período de tempo, em lugar de descartar três ou quatro embalagens (resíduos), você estará descartando apenas um.

 

Imagem  Nas lanchonetes e restaurantes

A questão da embalagem não está restrita aos supermercados e lojas de departamento. Está presente também em lanchonetes e restaurantes.

Muitos estabelecimentos passaram a oferecer guardanapos e canudos embalados nos últimos anos. O que aparentemente oferece maior higiene a estes produtos não deixa de ser uma forma de racionar o próprio consumo deles, restringindo a quantidade dada a cada consumidor. Porta-guardanapos e porta-canudos foram aposentados e novas embalagens entraram em nosso cotidiano. No entanto, precisamos avaliar se há realmente necessidade dessas pequenas novas embalagens que seguem para o lixo aos milhares todos os dias.

Devemos demandar dos lojistas que ofereçam a alternativa de guardanapos e canudos avulsos, sem embalagem. A situação higiênica do estabelecimento deve ser considerada quando o consumidor for escolher entre pegar o produto solto ou embalado, mas é essencial que haja esta opção para aqueles que não têm interesse em contribuir com mais resíduos desnecessários para a sujeira do planeta.


 

 

 

Imagem  Repensando o consumo - A escolha é sua!
Imagem  Alternativas
Imagem  Uso de materiais menos agressivos ao meio ambiente na fabricação das embalagens
Imagem  Ecodesign
Imagem Racionalização de embalagens
Imagem  Compostagem
Imagem  Reciclagem
Imagem  O papel de cada um

 

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