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LPF chega aos 40 anos na busca de novas tecnologias para madeira

Publicado: Quinta, 26 Setembro 2013 17:07 Última modificação: Segunda, 30 Setembro 2013 15:04
Crédito: LPF/Arquivo O LPF, hoje: sete áreas de pesquisa O LPF, hoje: sete áreas de pesquisa
Um dos objetivos é mostrar o uso de outras espécies que não são comuns para fins comerciais

CRISTINA ÁVILA

Na próxima semana serão realizadas atividades em comemoração aos 40 anos do Laboratório de Produtos Florestais (LPF), órgão do Serviço Florestal Brasileiro (SFB), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente. O laboratório viabiliza soluções tecnológicas para a utilização de produtos das florestas, especialmente madeiras, de modo sustentável.

O LPF tem sete áreas de pesquisa, desde anatomia da madeira à carpintaria. São desenvolvidos projetos de móveis, objetos de decoração, laminados, pisos, briquetes (conglomerados de resíduos que servem como lenha), além de projetos arquitetônicos de casas populares, sedes de parques nacionais, o orquidário do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a Casa de Chá do Jardim Botânico de Brasília, por exemplo.

Na semana comemorativa vários exemplares desses materiais estarão expostos na sede do LPF, no Ibama, em Brasília (SCEN Trecho 2, Edifício Sede). Na programação também está previsto o lançamento de livros sobre o tema. “O laboratório estuda cerca de 300 espécies da Amazônia e cada uma passa por todos as áreas”, relata o chefe do LPF, Paulo José Prudente de Fontes. Ele diz que entre as atividades estão as parcerias com instituições de ensino superior, especialmente a Universidade de Brasília, com atendimento a cursos como engenharia florestal, química, arquitetura e mecânica.

NOVAS ESPÉCIES

Um dos objetivos do LPF é mostrar as possibilidades de uso de outras espécies de madeira que não são comuns para fins comerciais, para tirar o foco daquelas espécies como mogno, ipê e outras que de tão exploradas podem até mesmo ser extintas, afirma Fontes.

As pesquisas do laboratório sobre madeiras do Brasil estão disponíveis para acesso livre em http://www.florestal.gov.br/, com identificação de espécies e indicações de uso. Também há orientações no livro Madeiras tropicais brasileiras, volume I, cujo segundo volume está pronto para publicação.

ÁREAS DE ATUAÇÃO

Anatomia e morfologia – Realiza estudos anatômicos em madeira e casca, para caracterização geral e identificação de espécies madeireiras. O departamento contém uma xiloteca com 4.500 amostras de 1.900 espécies, além de material de herbário com 1.500 exsicatas de indivíduos coletadas e banco de dados de nomenclatura científica e popular de árvores do Brasil.

Biodegradação e preservação – Trata de pesquisas para avaliação de inseticidas de solo na prevenção do ataque de cupins, determinação de durabilidade natural.

Energia de biomassa – Realiza estudos relacionados com o uso energético tanto de resíduos de madeiras como de outros materiais. Dentre as atividades desenvolvidas se destaca a emissão de carvão vegetal com baixa emissão de poluentes.

Engenharia e física – Executa ensaios para determinar as propriedades físicas e mecânicas de madeiras e outros materiais, além de realizar projetos e cálculos de estruturas em madeira para diversas finalidades.

Painéis, produtos e processos – Realiza estudos sobre compostos de madeiras, desenvolvendo técnicas de fabricação de chapas. Destacam-se a fabricação de pisos e painéis de fibras vegetais, com uso de materiais com bambu e ainda misturas feitas com produtos não madeireiros, como cimento.

Química, adesivos e borracha natural – Avalia a qualidade de adesivos e resinas, por meio da determinação de propriedades físico-químicas, além de avaliar performance de colagem de painéis a base de madeira e outros materiais.

Secagem – Realiza estudos de secagem natural (ao ar livre), aperfeiçoa e testa programas de secagem em estufa convencional, avaliando a reação da madeira. Desenvolve equipamentos e tecnologias para atender peculiaridades regionais.
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