MMA considera que integração entre os diferentes órgãos do governo federal está entre as alternativas para o combate ao problema
LUCAS TOLENTINO
O secretário executivo do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Francisco Gaetani, defendeu a necessidade de medidas de adaptação nas ações de combate à desertificação - degradação da terra nas regiões áridas, semiáridas e subúmidas secas, resultante de vários fatores, entre eles as variações climáticas e as atividades humanas. A declaração foi feita durante a terceira reunião extraordinária da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNDC), na manhã desta segunda-feira (17/06), em Brasília – dia mundial do fenômeno, como foi estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).
A questão, segundo Gaetani, deve ser prioridade na pauta ambiental. “Essa é uma agenda importante, porém difícil, que ainda disputa lugar na política nacional”, observou. “O governo tem consciência disso e tem trabalhado para mudar a situação atual.” A integração entre os diferentes órgãos do governo federal está entre as alternativas para o combate à desertificação. De acordo com ele, tais ações precisam ocupar posição de destaque na política ambiental em todas essas esferas. “É uma questão que depende de movimentação, de busca de espaço e de conhecimento científico e tecnológico”, afirmou Gaetani.
EXPOSIÇÃO
O evento contou com a abertura da exposição de produtos provenientes de iniciativas locais de boas práticas para a convivência com a semiaridez, voltadas para a segurança hídrica, energética, alimentar e da biodiversidade. O material ficará na entrada do auditório do anexo do MMA, no Edifício Marie Prendi Cruz, na 505 Norte.
Além disso, o Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA) lançou o livro Apoio a Iniciativas de Combate à Desertificação. A publicação reúne 22 projetos de combate à desertificação desenvolvidos no semiárido do país. Do total, 18 foram promovidos pelo MMA e o restante, pela agência de cooperação alemã GIZ. “Essas ações mostram que, mesmo com a seca, é possível desenvolver projetos sustentáveis”, avaliou o representante do IICA no Brasil, Manuel Otero.
Notícias
Não à desertificação
Crédito: Martim Garcia/MMA
Gaetani na abertura da reunião: ações requerem adaptação
