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Amazônia: cai alerta de desmate

Publicado: Segunda, 06 Maio 2013 18:45 Última modificação: Quarta, 08 Maio 2013 15:28
Crédito: Paulo de Araújo/MMA Zanardi: metódo está evoluindo Zanardi: metódo está evoluindo
Uso de satélites torna mais ágil proteção da Floresta Amazônica contra ação predatória do homem

LUCAS TOLENTINO

A degradação da Floresta Amazônica continua a apresentar tendência de queda. Em abril, o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) contabilizou 147 km2 de alertas de desmatamento, o que representa uma diminuição de 37% em relação ao mesmo mês do ano passado. A redução foi ainda mais expressiva em março, quando foram registrados 28 km2 de devastação, 53% a menos do que os 60 km2 registrados no período anterior.

O Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), é um levantamento com base em imagens capturadas por satélite todos os dias. O dado funciona como análise da mudança de paisagem da Amazônia Legal, que pode ocorrer por motivos que vão desde o desmatamento até as queimadas. O sistema funciona, portanto, como um suporte para a fiscalização. As áreas degradadas menores que 25 hectares, porém, não são observadas pelo Deter.

CONTROLE


O acumulado dos últimos nove meses ainda apresenta ligeiro aumento por conta de um pico isolado verificado em um único mês do ano passado. Entre agosto último e abril deste ano, houve um aumento de 15% nos alertas de desmatamento em relação ao mesmo período anterior. Isso ocorreu porque, somente em agosto de 2012, houve uma taxa de desmatamento expressiva que vem interferindo no somatório dos demais meses analisados.

As operações nos pontos críticos da Amazônia, porém, têm se mostrado capazes de frear o desmatamento. “Houve um pico em agosto, que já está sob controle e vem sendo descontado mês a mês por conta das constantes ações de fiscalização”, explicou o diretor de Proteção Ambiental do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Luciano Evaristo de Menezes.

Assim que o Deter emite um alerta de desmatamento, as equipes de fiscalização se dirigem ao local para verificar a situação. Além disso, bases autônomas e móveis se espalham pelos pontos mais críticos da Amazônia.

Dos 2.268 polígonos detectados pelo sistema entre agosto de 2012 e o início de maio deste ano, 1.217 foram qualificados em campo, o que mostrou que 65% se referiam, de fato, a desmatamento. O restante dos alertas qualificados foram emitidos por conta de eventos como queimadas.

Entre agosto do ano passado e abril de 2013, o Ibama emitiu 3.547 autos de infração e um valor total de R$ 1,5 bilhão em multas. Ao todo, 213 mil hectares de terras foram embargadas e 65 mil m3 de madeiras em toras, apreendidas. “O método de combate ao desmatamento tem evoluído e se aperfeiçoado. Temos várias ferramentas e cada vez mais a inteligência vem se tornando fundamental no processo”, avaliou o presidente do Ibama, Volney Zanardi.

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