Redução do desmatamento da Amazônia recebe elogios no exterior. Ministra garante: vigilância continuará.
DA REDAÇÃO
Os esforços brasileiros para reduzir o desmatamento na Amazônia foram aplaudidos hoje na Conferência das Partes (COP 18) da Organização das Nações Unidas, em Doha, no Qatar, durante evento que contou com a presença dos governos da Noruega, República do Congo e Indonésia. O ministro de Meio Ambiente da Noruega, Bard Vegar Solhjell, aproveitou a ocasião para anunciar a liberação de US$ 178 milhões do Fundo Amazônia para o Brasil.
Segundo Solhjeel, o Brasil tem alcançado resultados exitosos no combate ao desmatamento da Amazônia com políticas de desenvolvimento sociais admiráveis e transparentes que motivam a Noruega a destinar os recursos para a proteção das florestas.
Para a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, a redução para 4.656 Km2 de desmatamento na floresta amazônica mostra que é possível desenvolver sem devastar. Mas que o Brasil precisa se manter vigilante para que o desmatamento não volte a registrar números altos como ocorreu em 2004 (27.772 Km2) e 1995 (29.059Km2).
PRODUTIVIDADE
Um dos caminhos apontados pela ministra é aumentar a produtividade na produção de alimentos. E esse debate, segundo ela, deve respeitar quem produz no campo e quem mora nas florestas. “É muito fácil discutir a preservação morando em cidades”, salientou. “Mas não podemos ignorar as necessidades básicas de quem mora na floresta como acesso à energia e saneamento”.
Ao ressaltar que Brasil e África têm fauna e flora semelhantes, o ministro de Meio Ambiente e Turismo da República do Congo, Bavon N’SA Mputu Elima, afirmou que o Brasil é um exemplo a ser seguido e, por isso, os dois países fecharam uma parceria para trocar conhecimento tecnológico para o monitoramento da Bacia do Congo. Os diálogos iniciados no último mês de julho foram consolidados hoje, em Doha. O monitoramento no país africano deverá contar com doações do Fundo Amazônia. A Indonésia, por sua vez, sinalizou que buscará parceria semelhante com o Brasil.
Ao encerrar o evento, Izabella ressaltou a importância da renovação do segundo período do Protocolo de Kioto e a necessidade do debate internacional integrar a pauta de mudanças climáticas com a pauta da biodiversidade.
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Doha: esforço reconhecido
Crédito: Divulgação/COP 18
Izabella (D), em Doha: habitante da floresta também precisa de energia e saneamento.
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