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De olho no futuro

Publicado: Segunda, 03 Dezembro 2012 18:54 Última modificação: Quarta, 05 Dezembro 2012 12:03
Crédito: Martim Garcia/MMA Oficina interministerial: metas de Nagoia em debate Oficina interministerial: metas de Nagoia em debate
Representantes de vários ministérios elaboram um plano de médio prazo para conservação da biodiversidade 

LUCIENE DE ASSIS

Será realizada em Brasília, no auditório da Fundação de Empreendimentos Científicos e Tecnológicos (Finatec), nesta terça-feira (03/12), a sequência da oficina interministerial destinada a elaborar o Plano de Ação Governamental para Biodiversidade para a próxima década. Nesta segunda reunião serão indicadas as ações (orçamentárias ou não) do Plano Plurianual 2012-2015 relacionadas às causas de perda da biodiversidade apontadas pelos diferentes ministérios, bem como outras ações ou atividades em desenvolvimento em cada ministério e que guardem relação com as causas de perda de biodiversidade.

Os representantes de cada setor do governo federal poderão indicar parcerias em andamento ou aquelas que seriam necessárias à solução das causas de perda de biodiversidade. O evento é iniciativa do Ministério do Meio Ambiente (MMA), com apoio do Ministério do Planejamento Orçamento e Gestão (MPOG) e do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio), e visa ampliar a percepção do governo federal sobre o tema, garantindo que os diversos setores envolvidos no plano de ação sintam-se contemplados e sejam envolvidos na sua implantação.

PERSPECTIVAS

Durante a primeiro dia de reunião, realizada no último dia 27, fez-se uma contextualização do processo de elaboração do Plano de Ação Governamental e foi apresentada a árvore de problemas, metodologia da administração em que se define um problema e as acusas a ele relacionadas, construída pelo MMA e suas vinculadas, a partir de reuniões coordenadas pelo MPOG. Os representantes dos diversos ministérios dividiram-se em três grupos para debater o modelo de produção e de consumo incompatíveis com a conservação; a perda, degradação e fragmentação de habitats; e a baixa valorização da biodiversidade e do conhecimento tradicional associado.

Cada grupo analisou e discutiu as causas da perda de biodiversidade consideradas em cada um dos eixos da árvore. A partir dos debates, os representantes ministeriais fizeram os ajustes necessários, com vistas a contemplar e harmonizar o Plano de Ação aos interesses e políticas defendidas pelos diferentes setores do governo federal.

CONSERVAÇÃO

A elaboração do Plano de Ação Governamental, conduzida no âmbito do governo federal, visa integrar esforços direcionados à conservação da biodiversidade. “Trata-se de uma temática ampla que envolve diferentes interesses e políticas ministeriais”, explica o gerente de Recursos Genéticos da Secretaria de Biodiversidade e Florestas do MMA, Lídio Coradin. Este, segundo ele, é um esforço conjunto destinado a ampliar o dialogo, no âmbito do governo, com o objetivo de promover o uso e a conservação da biodiversidade.

É consenso entre os participantes das Oficinas que esse processo de organização de um Plano de Ação Governamental será fundamental para a elaboração de um diagnóstico das perdas de biodiversidade e das ações/atividades que poderão contribuir para minimizar essas perdas. O resultado desse trabalho contribuirá para a internalização e alcance das Metas de Aichi.

SUSTENTABILIDADE

É que, durante a realização da 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP-10), realizada em outubro de 2010, em Nagoia, Japão, os países aprovaram o Plano Estratégico de Biodiversidade para o período 2011-2020 que inclui as Metas de Aichi. Desde então, o Brasil tem realizado um grande esforço no sentido de ampliar o diálogo entre os diferentes setores da sociedade civil para a discussão e internalização das metas aprovadas em Nagoia.

E o Plano de Ação Governamental para Biodiversidade deverá contemplar a conservação da biodiversidade, a utilização sustentável de seus componentes, a repartição justa e equitativa dos benefícios derivados da utilização dos recursos genéticos, e a transferência adequada de tecnologias pertinentes, levando-se em conta os direitos sobre tais recursos e tecnologias, e mediante financiamento adequado.


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