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Balanço e perspectiva

Publicado: Quarta, 07 Novembro 2012 15:11 Última modificação: Sexta, 09 Novembro 2012 14:51
Crédito: Divulgação Água de beber: R$ 190 milhões até 2015 Água de beber: R$ 190 milhões até 2015
MMA promove oficina de acompanhamento e planejamento do Programa Água Doce. Evento segue até sexta-feira.

RAFAELA RIBEIRO

“O Programa Água Doce é uma resposta permanente ao drama da seca para as comunidades rurais do semiárido”. A declaração do secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Pedro Wilson Guimarães, ocorreu na abertura da V Oficina de Acompanhamento e Planejamento das Ações do Programa Água Doce que acontece até a próxima sexta-feira (09/11) em João Pessoa. O evento se propõe a compartilhar informações sobre a gestão e execução das ações do Programa Água Doce (PAD). Além disso, planejar as ações para 2013, de modo a potencializar os objetivos propostos, traçando os desafios e perspectivas, e integrar as equipes e parceiros envolvidos.

“É uma oficina de balanço e ajustes”, afirmou o coordenador nacional do Programa Água Doce e diretor substituto de Revitalização de Bacias Hidrográficas do MMMA, Renato Saraiva Ferreira. “É uma oficina de acompanhamento da execução do programa. Vários secretários de recursos hídricos, de estados e municípios, estão aqui apresentando a situação dos seus estados e os gargalos que precisam ser ajustados. É o momento de identificação de questões técnicas e administrativas para a melhor execução dos convênios”.

INVESTIMENTOS

Entre 2012 e 2015 serão investidos cerca de R$ 190 milhões para se atingir a meta de ampliar o Programa Água Doce para 1.200 localidades e atender a mais de 500 mil pessoas. Além de oferecer água potável para atender as necessidades básicas das comunidades castigadas pela seca, o programa ainda oferece água para o cultivo de hortaliças e frutas. A água residual, cheia de sal, é usada para produção de peixe (tilápia) e erva-sal que serve para alimentar pequenos animais e isso acaba sendo mais uma fonte de renda para as famílias, acrescenta o secretário Pedro Wilson. “Essa é a orientação da ministra Izabella Teixeira: crescer, incluir e proteger o meio ambiente. É muito gratificante ver comunidades do semiárido que sofrem até dois anos sem chuva contar com essa água que vai garantir, de forma permanente, a vida dessas pessoas”, acrescentou.

Capacitar a comunidade que utiliza o sistema de dessalinização para realizar a manutenção desses sistemas é parte da metodologia do Programa Água Doce. Dessa forma, os próprios usuários cuidam e mantêm o equipamento, que é tão importante para a comunidade. Pedro Wilson fez questão de ressaltar que esse é um programa de ações integradas entre o governo federal, estados e municípios.

COMO FUNCIONA

A unidade é um sistema de produção sustentável integrado por três subsistemas independentes. No primeiro momento a água é captada pelo poço profundo, enviada a um dessalinizador e em seguida armazenada em um reservatório para distribuição. No segundo, o resíduo do dessalinizador, água muito salina, é utilizado para o cultivo da tilápia. Em seguida, o concentrado dessa criação, rico em matéria orgânica, é aproveitado para a irrigação da erva-sal (Atriplex nummularia), que, por sua vez, é utilizada na produção de feno para a alimentação de ovinos e caprinos da região, fechando, assim, o sistema de produção ambientalmente sustentável.

São ações integradas, de forte impacto social, que, além de produzir água potável para as comunidades atendidas, proporciona o aproveitamento econômico dos resíduos do processo. Como resultado, há melhoria da qualidade de vida da população e redução do impacto ambiental.

Em 2011, o Programa Água Doce foi contemplado pelo Plano Brasil sem Miséria. É um esforço do governo federal no combate à pobreza extrema e visa reduzir as desigualdades sociais e promover melhorias na qualidade de vida dos brasileiros. O PAD é uma das iniciativas que integram o Programa Água para Todos, no âmbito do Plano Brasil sem Miséria, juntamente com construção de cisternas e sistemas simplificados de abastecimento. A meta é aplicar a metodologia do programa na recuperação, implantação e gestão de 1.200 sistemas de dessalinização até 2015, com investimentos de cerca de R$ 190 milhões. Neste contexto foram firmados, até o momento, seis convênios com os estados do Rio Grande do Norte, Alagoas, Paraíba, Sergipe, Ceará e Bahia.

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