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Soja: embargo continua

Publicado: Sexta, 26 Outubro 2012 16:11 Última modificação: Terça, 30 Outubro 2012 18:02
Crédito: Martim Garcia/MMA Izabella: sustentabilidade em primeiro lugar Izabella: sustentabilidade em primeiro lugar
Acordo entre governo, industriais e exportadores mantém pacto de não comprar o grão produzido em áreas desmatadas da Amazônia.

LUCAS TOLENTINO

O governo federal e representantes das indústrias e exportadores de cereais renovaram a moratória da soja. Estabelecida nesta sexta-feira (26/10), em Brasília, a medida prevê a extensão do pacto de recusar a compra do grão que tenha sido produzido em áreas amazônicas degradadas de maneira ilegal depois de julho de 2006, data em que o compromisso foi instituído pela primeira vez. O evento contou também com a apresentação dos resultados do quinto ano de monitoramento da moratória.

Com a renovação do acordo, o embargo à soja produzida em áreas de desmatamento se estenderá até 31 de janeiro de 2014. O protocolo foi assinado pela ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, pelo presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Óleos Vegetais (Abiove), Carlo Lovatelli, e pelo diretor da Campanha Amazônia do Greenpeace, Paulo Adário. O pacto inclui, ainda, a participação da sociedade civil.

EQUILÍBRIO

A nova lei florestal e o desmatamento verificado em estados produtores de soja como o Mato Grosso e o Pará aparecem entre os motivos para a renovação da moratória. De acordo com a ministra, a medida atende às necessidades trazidas com a nova legislação ambiental. “É preciso haver um equilíbrio entre a produtividade ambiental e a econômica”, destacou. “Podemos proteger as florestas e o meio ambiente e, ao mesmo tempo, produzir alimentos de forma sustentável.”

No entanto, o controle do desmatamento na Amazônia está entre as prioridades de governo. “Há uma nova dinâmica associada às diversas modalidades de crime ambiental e todos eles serão combatidos pelo aumento da fiscalização, que ocorrerá durante todos os meses do ano”, declarou Izabella. A ministra afirmou que o trabalho ocorrerá para coibir todos os tipos de desmatamento.

O presidente da Abiove acredita que desde o primeiro ano do pacto, iniciado em 2006, o perfil da produção de soja vem mudando. “A moratória está trazendo uma conscientização cada vez mais crescente entre os produtores”, afirmou Lovatelli. “Isso mostra que o Brasil pode e está mudando o comportamento diante da necessidade de conservação da sua biodiversidade.”

LEVANTAMENTO

O relatório do quinto ano de monitoramento da moratório da soja, segundo a Abiove, mostra que, em 2006, foi registrada a presença de soja em 18.410 hectares desmatados na Amazônia. O levantamento revela ainda que, entre 2006 e 2011, os 58 municípios monitorados em três estados - Mato Grosso, Pará e Rondônia - foram responsáveis por 98% da área plantada com soja na Amazônia Legal.

Dos 25 milhões de hectares de plantações do grão em todo o território brasileiro, 2,1 milhões ficam na Floresta Amazônica. A área de soja localizada por meio do levantamento, porém, corresponde a 0,41% de todo o desmatamento do país e a 0,53% dos desmatamentos verificados em Mato Grosso, Pará e Rondônia.


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