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Chile debate agricultura e clima

Publicado: Quarta, 26 Setembro 2012 15:40
Reunião discutirá caminhos de diálogo sobre as novas tecnologias em mitigação e adaptação da agricultura às mudanças climáticas

Sophia Gebrim

Agricultura, clima e sustentabilidade serão discutidos nesta quinta e sexta-feira (27 e 28), em Santiago (Chile), no 3º Seminário Regional de Agricultura e Mudança Climática. O encontro, promovido pela Divisão de Desenvolvimento Agrícola Produtivo e Empresarial da Comissão Econômica para América Latina e Caribe (Cepal) das Nações Unidas, Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação no Brasil (FAO) e governo francês irá analisar e criar caminhos de diálogo sobre as novas tecnologias em mitigação e adaptação da agricultura às mudanças climáticas.

O secretário de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Paulo Cabral, representa a ministra da Meio Ambiente, Izabella Teixeira, na reunião. O secretário adianta parte do que será apresentado no painel “Rio+20 e a necessidade de novas políticas para enfrentar as mudanças climáticas na agricultura”, na manhã desta quinta (27).

Segundo ele, o relatório final da Rio+20 traz como urgente a adoção de ações que visem o desenvolvimento sustentável, indicando a necessidade de promover agricultura sustentável de modo a aumentar a segurança alimentar e erradicar a fome, tornando-a economicamente viável ao mesmo tempo em que preserve os recursos ambientais e amplie a resiliência à mudança do clima e aos desastres naturais.

MERCADOS

“Dessa forma, o relatório propõe fortalecer a agricultura sustentável aprimorando o funcionamento dos mercados e fortalecendo a cooperação internacional, particularmente para países em desenvolvimento, ampliando o financiamento público e privado”, diz o secretário. O relatório propõe, também, ações para melhorar a pesquisa agropecuária, os serviços de extensão, treinamento e educação para aumentar a produtividade agrícola e a sustentabilidade por meio do intercâmbio voluntário de informações e boas práticas.

Questionado sobre a sua visão sobre a temática agrícola e mudanças climáticas, Cabral reforça que não há mais espaço para dissociar o desenvolvimento sem a integração da visão econômica com a justiça social e sustentabilidade ambiental. “É urgente a adoção de medidas para a erradicação da pobreza e diminuição das desigualdades, porém com a correção dos padrões insustentáveis de produção e consumo”, salienta. Para ele, nesse contexto, é inadmissível o planejamento econômico e a instituição de qualquer política pública sem considerar as vertentes social e ambiental, como a inclusão social e a valoração das externalidades ambientais.

Discussões sobre o potencial da nanotecnologia na produção agrícola e agricultura de precisão (técnica avançada que busca a sustentabilidade no campo), além de casos de sucesso de eficiência energética no modelo agrícola francês também fazem parte da agenda do 3º Seminário Regional de Agricultura e Mudança Climática.

ESTAÇÕES

Além disso, representantes do governo do México demonstrarão o funcionamento da Rede Nacional de Estações Agroclimáticas, composta por 925 estações distribuídas em 25 estados, com monitoramento do clima e processos agrícolas. Líderes da Colômbia irão abordar, ainda, a Rede de Mudanças Climáticas Colombiana e o governo do Chile a Rede Metereológica Agroclima.

Além de experiências e do relatório da Rio+20 o governo brasileiro apresentará políticas públicas de incentivo a práticas agrícolas sustentáveis, como o Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC), Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPPS) e o Programa Bolsa Verde, ações essas que buscam a conciliação da preservação com produção por meio do extrativismo sustentável, garantindo alternativas de geração de renda para as comunidades rurais.

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