MMA e Embrapa discutem alternativas aos atuais modelos de geração. Brasil tem pressa, diante dos grandes eventos marcados para os próximos anos.
Lucas Tolentino
Representantes do Ministério do Meio Ambiente (MMA) e de outros órgãos do governo federal discutem, nesta quarta-feira (25/07), as formas e o uso de energias renováveis. Em seminário realizado pelo MMA em parceria com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), divisão de Agroenergia, os participantes compartilharam conhecimentos com pesquisadores de universidades e laboratórios internacionais sobre a implantação de fontes como a solar e a eólica.
O secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Carlos Klink, destacou, durante a abertura do evento, a relevância do assunto no cenário atual. Segundo ele, as energias renováveis tiveram papel de destaque na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). "Há uma importância crescente do tema para o governo, para o setor privado e para os pesquisadores", explicou.
Para o chefe-geral da Embrapa Agroenergia, Manoel Teixeira Souza Júnior, os modelos de produção energética aparecem no centro das discussões dos países e, por isso, existe a necessidade de troca de experiências entre as entidades envolvidas.
OPORTUNIDADE
A agenda de eventos que o Brasil sediará nos próximos anos, como a Copa do Mundo de 2014, representa um momento propício para a implantação de novos modelos de produção energética. "A política brasileira de eficiência energética é bastante ambiciosa", definiu Klink. "O país está prestes a receber um grande público e essa é uma grande oportunidade para os setores envolvidos discutirem o assunto."
O seminário incluiu debates acerca de diversas fontes renováveis. O painel Energia Solar, Térmica e Fotovoltaica contou com a participação de quatro palestrantes, entre eles os pesquisadores Antônio Joyce, do Laboratório Nacional de Energia e Geologia de Portugal, e Roberto Schaeffer, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Houve ainda painéis dedicados à energia eólica e a energias renováveis dos oceanos e a partir de biomassa.
A diretora de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Ana Dolabella, ressaltou que modelos como de produção de energia por meio do vento se encontram em estágio avançado no Brasil. "A energia eólica está consolidada e é uma realidade no país", exemplificou.
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Crédito: Martim Garcia/MMA
Klink: interesse aumenta a cada dia
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