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Bancos precisam apoiar mercado verde

Publicado: Domingo, 17 Junho 2012 18:08 Última modificação: Domingo, 17 Junho 2012 18:44
MMA defende que instituições de crédito privadas ampliem os critérios de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, cooperem na formação de um mercado para os investimentos em economia de baixo carbono.

Paulenir Constâncio

A transição para a economia de baixo carbono não depende apenas de mecanismos de financiamento. O Brasil quer que os bancos de fomento privados ampliem os critérios de sustentabilidade e, ao mesmo tempo, cooperem na formação de um mercado para os investimentos em economia de baixo carbono. A posição foi defendida neste domingo (17/06), no Rio de Janeiro, pelo secretário de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, durante evento sobre mecanismos de financiamento para a transição da economia de baixo carbono, que acontece paralelo na Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio +20). "Precisamos criar mecanismos de incentivo ao setor privado para que promova a transição", disse.

Na avaliação do secretário, a ampliação de exigências de sustentabilidade tem como efeito a ampliação desse mercado, mas pode restringir investimentos necessários ao crescimento econômico. Na prática, isso significaria uma mudança estrutural nos principais mecanismos de financiamento, com limitações para empresas não sustentáveis. "Nos bancos públicos já preparamos empresas para atender as exigências de transformação, falta agora chegar ao setor financeiro privado", afirmou.

EFEITO ESTUFA
Klink destacou os avanços do Brasil com a criação do Fundo Amazônia e Fundo Clima. Lembrou o sucesso das políticas públicas brasileiras de combate ao desmatamento, a principal fonte de emissões de gases efeito estufa do país. Citou, também, as novas linhas de financiamento para a agricultura de baixo carbono, criadas para fomentar a produção agropecuária com sustentabilidade.

Nos últimos sete anos o desmatamento ilegal na Amazônia caiu para pouco mais de 6 mil km2. Agora, o êxito do programa está sendo ampliado para os demais biomas. O primeiro desafio é no Cerrado, onde o plantio da soja, a pecuária e a produção de carvão reduziram drasticamente a cobertura vegetal.

O encontro, promovido pelo Banco de Desenvolvimento para a América Latina (CAF), reuniu empresários, instituições financeiras, representantes do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA), Comissão Econômica para a América Latina e Caribe (CEPAL) e Convenção das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas. Dez empresas latino-americanas foram premiadas pela instituição financeira como CAF's TOP 10, pelos seus esforços em prol da sustentabilidade, caso das brasileiras Natura, Suzano Papel e Celulose e do Bradesco.
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