Lucas Tolentino
A presidenta Dilma Rousseff afirmou que trabalhar pelo crescimento sem considerar a sustentabilidade é um "egoísmo burro". Em cerimônia realizada nesta terça-feira (05/06), no Palácio do Planalto, em comemoração ao Dia Mundial do Meio Ambiente, ela reiterou a importância de executar políticas de crescimento que priorizem a preservação dos recursos naturais disponíveis no país.
"Crescer, distribuir renda e usufruir riqueza sem proteger o meio ambiente é o pior dos egoísmos" disse a presidenta."E a gente pode dizer que é um egoísmo burro, porque é exercido contra nós, contra nos filhos, nossos netos, nossos descendentes. É um egoísmo que se exerce e se esgota em si mesmo."
Segundo Dilma, o crescimento deve se sustentar em três pilares: "A sustentabilidade é uma agenda ambiental, econômica e social. Estamos imbuídos desse conceito, que pode ser traduzido nos verbos incluir, crescer e preservar", enfatizou. "Quando falamos em sustentabilidade, não podemos nos dar ao luxo de deixar que isso seja uma mera declaração de intenções. Tem de ser uma verdade factual".
RIO +20
A largada para a Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável (Rio+20) foi dada durante o evento. As bandeiras do Brasil e das Nações Unidas foram hasteadas, no Riocentro, onde a conferência será realizada. O ato solene foi transmitido ao vivo no Palácio do Planalto, e representou a entrega simbólica do Riocentro à ONU.
Na ocasião, também foi apresentada a música-tema da Rio +20, regida pelo maestro João Carlos Martins, acompanhado da Camerata da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional Cláudio Santoro. Além disso, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) lançou o selo comemorativo à Rio +20, com a imagem do Cristo Redentor e representando os três pilares do crescimento sustentável.
ÍNDIOS
As políticas para o meio ambiente envolvem ainda ações para a população indígena. A presidenta assinou os decretos de homologação de sete terras indígenas, de criação do Comitê de Gestão Integrada das Ações de Atenção à Saúde e de Segurança Alimentar para a População Indígena e de instituição da Política Nacional de Gestão Ambiental e Territorial e de Terras Indígenas.
A vice-coordenadora das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira, Sônia Bone de Souza Silva Santos, da etnia Guajajara, aprovou as medidas. "É o início de um diálogo em que todos os povos e órgãos envolvidos possam participar", explicou.
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