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Governo e sociedade precisam se unir

Publicado: Quarta, 28 Março 2012 21:00
Martim Garcia
Foto Governo e sociedade precisam se unir

Construção de políticas e projetos que melhorem e ampliem a qualidade de vida da população dependem da participação de todos. Se nada for feito, as cidades brasileiras estão condenadas ao caos.

Rafaela Ribeiro

O secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, foi incisivo, nesta quinta-feira (29/03), no debate sobre Qualidade Ambiental Urbana e Desenvolvimento Sustentável ocorrido no I Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável - pequenos negócios, qualidade ambiental urbana e erradicação da miséria. Na sua avaliação, a gestão integrada dos resíduos sólidos, o saneamento, a prevenção e a mitigação de eventos climáticos extremos e da poluição são questões que demandam o comprometimento de governos e da sociedade civil, para que efetivamente sejam considerados na construção de políticas e projetos que melhorem e ampliem a qualidade de vida da população.

Durante o evento, realizado em Brasília, promovido pela Frente Nacional dos Prefeitos, Bonduki evidenciou que não se pode mais pensar a questão ambiental desvinculada da questão urbana. "A sustentabilidade urbana é um dos principais temas da agenda de gestão pública", afirmou. "Tem relação com desastres urbanos, com mudanças climáticas e seus impactos no dia a dia das populações".

COLAPSO À VISTA

O secretário destacou a insustentabilidade do acelerado crescimento urbano brasileiro vivenciado na segunda metade do século XX: "Nós passamos de uma população urbana de 20 milhões de habitantes nos anos 1950 para, hoje, 60 anos depois, existirem 155 milhões de pessoas vivendo nas cidades. A continuidade desse modelo é insustentável", salientou. "Temos hoje 56% da nossa população ocupando apenas 0,6% do território brasileiro. São concentrações urbanas fortes que precisam ser alteradas".

Para Bonduki, o crescimento econômico e até mesmo a inclusão social, se não forem acompanhados de uma nova visão de crescimento urbano, vão colocar as cidades em colapso. E chamou a atenção para uma necessidade urgente de mudança de hábitos e de prioridades. "Se houver o tratamento adequado para o lixo nas cidades, se tiver menos emissão de CO², se não tiver desmatamento, teremos uma gestão pública mais preparada para enfrentar os efeitos de mudanças climáticas, por exemplo", opinou.

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