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Pequenos e médios empresários se envolverão no debates sobre biodiversidade

Governo prepara medidas para que a política nacional de biodiversidade possa refletir as preocupações e necessidades dos empresários; MEB defende instância permanente para participação empresarial
Publicado: Domingo, 06 Novembro 2011 22:00 Última modificação: Domingo, 06 Novembro 2011 22:00

Apesar de ser maioria, os pequenos e médios empresários brasileiros estão distantes das discussões sobre uso sustentável da biodiversidade. O alerta feito pelo gerente executivo de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Shelley de Sousa Carneiro, tinha o governo como principal alvo. Durante a segunda reunião de consulta ao setor empresarial, no âmbito da iniciativa "Diálogos sobre Biodiversidade: construindo a estratégia brasileira para 2020", realizada pelo Ministério do Meio Ambiente, em parceria com a CNI, o Conselho Empresarial para o Desenvolvimento Sustentável (CEBDS) e o Movimento Empresarial pelo Uso Sustentável da Biodiversidade (MEB), em 31 de outubro, na sede da CNI, em São Paulo, representantes do setor empresarial finalizaram suas propostas para metas nacionais de biodiversidade, tendo como referencial global as metas de Aichi de Biodiversidade, aprovadas durante a COP 10 - 10ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.

A iniciativa dos Diálogos abre um espaço de discussão e apresentação de propostas dos diferentes setores da sociedade para metas nacionais de biodiversidade. Já ocorreram as consultas à sociedade civil ambientalista, a Povos Indígenas e Comunidades Locais. As consultas à academia e ao setor governamental ocorrerão até dezembro.

O secretário de Biodiversidade e Florestas do Ministério do Meio Ambiente (MMA), Bráulio Dias, adiantou que o governo prepara uma série de medidas para que a política nacional de biodiversidade possa refletir as preocupações e necessidades dos pequenos e médios empresários em relação ao uso sustentável da biodiversidade. Entre as iniciativas, uma cartilha adaptada à realidade econômica e cultural brasileira.

A intenção, segundo ele, é aproximar os pequenos e médios empresários da discussão sobre os objetivos traçados no Plano Estratégico da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) até 2020.

Dias lembrou que as metas de Aichi de biodiversidade começaram a ser discutidas pelo setor empresarial durante a primeira reunião de consulta ao setor empresarial realizada em agosto deste ano, na sede da CNI em Brasília.

De acordo com o secretário, é preciso mostrar a biodiversidade como oportunidade de negócios, seja no desenvolvimento de novos produtos ou no aprimoramento de tecnologias que garantam o uso correto dos recursos naturais.

Cerca de 50 empresas e representações do setor organizadas pela CNI, CEBDS e MEB já participam dos Diálogos sobre Biodiversidade. Algumas das grandes empresas e corporações brasileiras já estão envolvidas. Queremos que as pequenas e médias empresas se apropriem desse espaço político, disse Caio Magri (Instituto Ethos), líder do MEB.

Para garantir a mais ampla participação empresarial, Magri defende a criação de uma instância permanente que represente os empresários nas discussões sobre proteção e uso da biodiversidade. Segundo ele, é preciso não só internalizar as metas, mas também acompanhar sua aplicação e revisar constantemente os procedimentos, alertando o governo e a sociedade sobre os avanços tecnológicos do setor produtivo.

Fonte: Jaime Gesisky

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