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Ibama capacita agentes para o combate ao comércio ilegal de substâncias químicas

Publicado: Segunda, 24 Outubro 2011 22:00 Última modificação: Segunda, 24 Outubro 2011 22:00

O presidente do Ibama, Curt Trennepohl, abriu hoje o simpósio para capacitar agentes ambientais no combate ao comércio ilegal de substâncias controladas por acordos internacionais.

Trennepohl observou que "a atuação em acordos multilaterais é exclusiva dos órgãos federais, portanto a preocupação em capacitar os analistas ambientais a fim de qualificar cada vez mais a atuação do Ibama na área".

Vários especialistas brasileiros e de outros países vão abordar o tema em suas diversas faces durante os três dias do curso. Nesta manhã, por meio de videoconferência, o coordenador das Iniciativas de Aduanas Verdes do Programa das Nações Unidas para Meio Ambiente (Unep), Ezra Clark, apresentou números do lucrativo comércio internacional de crimes ambientais que movimenta entre US$ 20 e U$30 bilhões anuais em todo o mundo.

Os contrabandos internacionais vão de madeira ao tráfico de substâncias químicas, passando por uma gama enorme de recursos ambientais, especialmente no Brasil, por ser o país que possui uma das mais ricas biodiversidade do planeta.

Segundo Clark , a melhor forma de combater os ilícitos é por meio da integração das agências, com serviço de inteligência, numa abordagem multi-institucional, "buscando prevenir o comércio ilegal e facilitar o comércio legal".

O representante da Agência Internacional Ambiental, Mark Robert, focou sua apresentação no contrabando de substâncias químicas controladas que trazem danos à camada de ozônio, afetam negativamente o clima e trazem danos à saúde humana e ao meio ambiente. Os chamados CFCs e HCFCs são usados, por exemplo, em refrigeração (ar condicionado, geladeira) e isolamento (sapato, parede). Alertou para o compromisso de erradicação dessas substâncias, firmado no protocolo de Montreal de 1987, em fase de implementação em vários países.

De acordo com os dados apresentados por Clark, os CFCs e HCFCs apresentam um aumento mundial no seu uso de cerca de 10% a 15% ao ano. A despeito desses índices, o Brasil se adiantou no cumprimento das metas do Protocolo de Montreal e já em 2007 havia proibido os CFCs no país, com exceção dos inaladores de dose-medida (bombinhas para asmáticos) e em 1° de janeiro de 2010 o uso dessas substâncias foi totalmente proibido no país.

Renato Madsen Arruda, da Divisão de Repressão aos Crimes Ambientais da Polícia Federal reforçou em sua palestra a importância do elo que deve existir entre as instituições para as ações de combate ao comércio ilegal de bens ambientais. Esclareceu ainda competências institucionais e marcos legais referentes ao tema.

Com a proibição da importação dos CFCs em 2010 e a aprovação do Plano Brasileiro de Eliminação de HCFCs em julho deste ano, existe o risco iminente da tentativa de entrada destas substâncias no país, constata a analista ambiental do Ibama, Flávia Mota.

O simpósio prossegue até quinta-feira, de 8h30 as 17h30, no hotel Grand Bittar, SHS QD 5 BL A S/N Brasília, DF.

Fonte / Ibama

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