Carlos Américo
Começa na próxima segunda-feira (10/10), em Changwon City, Coreia do Sul, a 10ª Conferência das Partes da Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD), a COP-10. No encontro será discutido um maior esforço internacional para o financiamento de iniciativas de combate à desertificação e de cooperação técnica entre países desenvolvidos, em desenvolvimento e pobres, que são os principais afetados pelo processo de desertificação.
Os temas controversos sobre o foco da Convenção devem tomar conta dos debates. O Brasil é contra a criação de um mandato global com foco na degradação de terras. De acordo com o diretor de Combate à Desertificação do MMA, Francisco Campello, falta uma definição clara sobre o assunto.
"Há uma resistência porque o tema degradação de terras sai do foco da UNCCD e já é abordado em outras convenções", explica Campello. A Convenção atua no combate à desertificação nas terras áridas e semiáridas, com especial atenção para a África.
O Brasil também vai apresentar suas experiências de uso sustentável dos recursos naturais da floresta, a exemplo do que é desenvolvido na Caatinga, como forma de enfrentamento à desertificação. Manejo florestal e agroecologia são alguns exemplos de iniciativas para o desenvolvimento sustentável no semiárido.
De acordo com o analista ambiental Ricardo Padilha, o Brasil fez mais que o dever de casa em sua atuação no combate à desertificação. E o reconhecimento disso é que o Brasil deverá assumir o Comitê de Ciência e Tecnologia da UNCCD.
Redes Sociais