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MMA, Ibama e Embaixada dos EUA assinam declaração de imunidade da Árvore da Lua

Bosque do Instituto conta com um exemplar da planta, germinada de uma semente levada para o espaço a bordo da missão Apollo 14, em 1971.
Publicado: Terça, 20 Setembro 2011 21:00 Última modificação: Terça, 20 Setembro 2011 21:00

Carine Corrêa

 

A chamada Árvore da Lua recebeu este nome por ter sido germinada no espaço durante a missão Apollo 14, realizada em 1971, pelo astronauta Stuart Rosa. O objetivo da expedição era avaliar o efeito da gravidade zero e da alta radiação sobre as sementes, e ainda o processo de germinação e crescimento da plântula fora da Terra.

 

Após o retorno da equipe ao Planeta, a semente foi germinada pelo Serviço Florestal dos Estados Unidos, e algumas plântulas resultantes desse processo foram doadas a países como Japão, Suíça e Brasil. Destas, duas foram plantadas no País: uma em Santa Rosa (RS) e outra em Brasília, na sede do Ibama, em dezembro de 1980. A espécie é conhecida cientificamente como "Liquidambar styraciflua", árvore nativa do sul dos Estados Unidos (onde é chamada de Sweet Gum) que pode viver cerca de 100 anos.

 

Nesta quarta-feira (21/9), data em que é comemorado o Dia da Árvore, o MMA, o Ibama e a  Embaixada dos Estados Unidos promoveram um evento em torno da "Árvore da Lua" semeada na capital federal para lembrar a importância da conservação da flora nacional, especialmente no ano em que estão sendo debatidas as mudanças no Código Florestal brasileiro - cujo artigo 7º determina a preservação desta árvore.

 

Durante a cerimônia, foi assinada a Declaração de Imunidade de Corte da "Árvore da Lua" pelo ministro interino do Meio Ambiente, Francisco Gaetani, pelo presidente do Ibama, Curt Trennepohl, e pelo ministro-conselheiro interino dos Estados Unidos da América, James Dudley,  que descerraram a placa alusiva a seu tombamento.

 

Para o ministro interino, Francisco Gaetani, a árvore é um símbolo da relação de parceria entre o Brasil e os Estados Unidos e do espírito empreendedor das experiências espaciais dos norte-americanos.

Curt Trennepohl enfatizou a importância de se fazer o resgate histórico da árvore por sua condição diferenciada, motivo pelo qual a planta é a única no bosque do Ibama protegida por cerca. "Trata-se de ato emblemático. A cerca expressa a condição de que está protegida pelo Instituto".

 

De acordo com o ministro-conselheiro James Dudley, a árvore germinada na lua é "testemunha viva da longa e produtiva relação entre os Estados Unidos e Brasil. Esta planta é também um símbolo vivo que representa a Era Espacial e foi um grande passo do homem em busca do conhecimento do universo", afirmou.        .

 

História

O resgate da "Árvore da Lua" começou com a iniciativa dos analistas ambientais Jaime Tadeu França e Vera Coradin. Com base em relatos de antigos servidores, da publicação chamada Sinal Verde e de contatos com a Nasa, a agência espacial americana, o percurso da Sweet Gum foi reconstruído. "Poucos lugares no mundo têm o privilégio de possuir uma árvore dessas", anunciava o impresso na edição de dezembro de 1980. A história completa desta planta está contada na seguinte página da Nasa:
http://nssdc.gsfc.nasa.gov/planetary/lunar/moon_trees/brazil_brasilia_tree.html

 

 






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