Carlos Américo
As universidades que desenvolvem pesquisas sobre o litoral brasileiro terão assento no Grupo de Integração do Gerenciamento Costeiro (GI-Gerco). Esse espaço para academia foi aprovado na 40ª Sessão Ordinária do GI-Gerco, coordenada pelo Ministério do Meio Ambiente, neste mês.
Para a chefe da Gerência Costeira do MMA, Leila Swerts, isso representa a possibilidade de orientação mais técnica ao grupo. Além disso, os membros do GI-Gerco vão poder acompanhar os novos estudos realizados pelas universidades sobre o litoral. O representante será escolhido pelo Grupo de Pesquisa e Pós-Graduação em Ciências do Mar (PPGMar).
O Ministério do Meio Ambiente solicitou aos membros do Gi-Gerco dados sobre ondas, marés e características oceanográficas para a calibração do Sistema de Modelagem Costeiro (SMC-Brasil ). Parceria Brasil-Espanha, o SMC permite prever mudanças no desenho da costa brasileira em função de intervenções físicas e conta com uma base de dados de ondas e de nível de marés da costa brasileira dos últimos 60 anos. Com o sistema, gestores terão bases mais consistentes para a tomada de decisão.
Ainda foi apresentada a proposta de criação do comitê gestor do sistema a fim de garantir a implementação do SMC-Brasil a partir de 2013 . Atualmente, o projeto piloto é desenvolvido na praia de Massaguaçu, no estado de São Paulo. Lá, foi diagnosticado áreas de erosão. Com base nas informações levantadas pelo SMC, especialistas e gestores trabalham em soluções para reverter o dano.
Na reunião, também foi apresentado o trabalho de revisão da Agenda Ambiental Portuária, parte do Plano de Ação Federal para a Zona Costeira. De acordo com Swerts, a revisão vai atualizar a Agenda, agora com a participação da Secretaria de Portos e da Agência Nacional de Transportes Aquaviários. A Agenda deve enfrentar ainda novos desafios, como a gestão de resíduos e o papel dos portos na recepção de turistas na Copa 2014.
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