Carlos Américo
Cerca de 70 mil mulheres trabalhadoras rurais estão em Brasília reivindicando desenvolvimento sustentável com justiça, autonomia, igualdade e liberdade no movimento denominado de Marcha das Margaridas. Acampadas no Parque da Cidade, elas vão cruzar a Esplanada dos Ministérios nesta quarta-feira (17/08), pela manhã, em direção ao Congresso Nacional, e, à tarde, encerram o ato em cerimônia que contará com a presença da presidenta Dilma Roussef e da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, entre outras autoridades. A solenidade está marcada para às 15h, no Pavilhão de Exposições, do Parque da Cidade.
No estande do Ministério do Meio Ambiente, um dos mais visitados, foram distribuídos jogos de educação ambiental, publicações e informativos de programas voltados para a produção rural sustentável, além de cartazes e mapas.
Para Sônia Cristina, agricultora do Maranhão, o material do MMA é bom para trabalhar educação ambiental com as crianças. "A gente tem de ensinar desde cedo", disse, ressaltando a importância da educação no campo.
Já Darclene Vieira completou que, com a educação, a população do campo hoje tem mais instrução para saber como cuidar da terra e melhorar a produção. "Antigamente faltava conhecimento, não tinha capacitação, e por isso as pessoas faziam do jeito errado", explica. Em Barreirinha (MA), onde mora, as camponesas trabalham com artesanato, pesca e lavoura para ajudar a sustentar suas famílias.
A Marcha das Margaridas é uma ação estratégica das mulheres do campo e da floresta para conquistar visibilidade, reconhecimento social e político e cidadania plena. O nome é uma homenagem a Margarida Alves, um grande símbolo da luta das mulheres por terra, trabalho, igualdade, justiça e dignidade. Ela foi assassinada por usineiros da Paraíba em 12 de agosto de 1983, por defender os direitos das mulheres no campo.
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