Aída Carla de Araújo
Lançada há dois anos, a campanha Saco é um Saco do Ministério do Meio Ambiente deu início a um movimento na sociedade brasileira, estimulando o cidadão a pensar no meio ambiente e em suas escolhas de consumo. Esse foi o tema da audiência pública realizada na Câmara dos Deputados, nesta quinta-feira (11/08). O debate sobre o uso de sacolas plásticas contou com a presença da secretária de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental, Samyra Crespo, com representantes de vários segmentos da sociedade.
"O debate foi excelente, veio muita informação dos setores da indústria e do comércio. Provocados pela audiência pública, os representantes desses e de outros segmentos da população trouxeram novas informações que vamos levar em consideração. Também é importante destacar que a campanha Saco é um Saco mostrou mais uma vez o seu impacto, provocando uma discussão madura sobre as escolhas que a sociedade brasileira vai fazer", comemorou a secretária.
A campanha Saco é um Saco foi lançada em 2009 e chama a atenção para os danos ambientais que o uso excessivo de sacolas plásticas tem causado ao planeta e ao cotidiano das pessoas. Antes da campanha, eram consumidas cerca de 18 bilhões de sacolas plásticas no País, e agora caiu para 7,6 bilhões (redução de 40%). Este propósito vai ao encontro dos conceitos de co-responsabilidade e destinação adequada de resíduos e rejeitos encontrados na Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em 2010.
Na esteira da bem-sucedida campanha sobre a redução do consumo de sacolas plásticas, o Ministério lançou em junho outra campanha nacional, Separe o Lixo e Acerte na Lata. O objetivo foi preparar a sociedade brasileira para uma mudança de comportamento em relação à coleta seletiva do lixo, ressaltando os benefícios ambientais, sociais e econômicos do reaproveitamento dos resíduos sólidos para o País.
Como parte da estratégia adotada pelo Ministério para a conscientização da população sobre os cuidados com o meio ambiente, uma das três peças da campanha nacional sobre a coleta seletiva foi apresentada na audiência pública. "Nós não poderemos mais nem produzir, nem consumir e nem descartar do modo como nós vínhamos fazendo. Esse questionamento não está sendo colocado pelo Ministério e nem pela Secretaria, mas em nível mundial. Por isso que vem aí uma Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável e a Economia Verde, em 2012, no Rio de Janeiro. O mundo está se preparando para fazer a transição tecnológica e ecológica. Quem não estiver olhando para esse cenário estará condenando seu próprio negócio", alertou a secretária.
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