Maiesse Gramacho
Na última sexta-feira (5/8), a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, esteve em São Paulo para participar do 4° Simpósio Brasileiro de Construção Sustentável. Em sua fala, a ministra destacou aspectos da Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20, que será realizada no Brasil em junho de 2012.
"A conferêcia é um marco. É o evento mais importante do Governo Dilma, do ponto de vista político. Dá uma oportunidade ímpar de o Brasil mostrar quais as perspectivas de desenvolvimento que temos e como as questões ambientais e a sustentabilidade se relacionam com essa nova agenda de desenvolvimento em que o País está inserido", avaliou Izabella.
A ministra frisou que as questões ambientais não devem ser encaradas pelo setor produtivo como impeditivas ao crescimento. "Essa é uma visão anacrônica, extemporânea e absolutamente sem nenhum sentido, inclusive econômico." Segundo Izabella, o Governo pretende ampliar a interlocução com o setor privado e com a sociedade. "Mas não apenas para consultas; não é isso. É para ampliar o processo, de fato, de engajamento, porque isso é uma pré-condição essencial para que a sustentabilidade seja colocada pós Rio+20."
Izabella Teixeira, que integra o Painel sobre Sustentabilidade Global da ONU, também comentou o avanço do Brasil no contexto internacional - que difere daquele em que ocorreu a Rio 92, há duas décadas. "Nós temos capacidade de liderar as questões de sustentabilidade", afirmou.
No Simpósio, a ministra detalhou os pilares da Rio+20 - a economia verde no contexto da erradicação da pobreza e a governança ambiental internacional. E explicou: "A conferência é de natureza política; não é uma conferência que está sendo modelada para ter natureza analítica. Ou seja, não ficaremos debruçados discutindo e analisando documentos, tampouco discutindo conceitos. O que está se buscando é uma mobilização política em torno do que significa o desenvolvimento sustentável".
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