Ir direto para menu de acessibilidade.
Página inicial > InforMMA > Estados engajados para evitar emissão de gases por veículos
Início do conteúdo da página

Notícias

Estados engajados para evitar emissão de gases por veículos

Estados terão autonomia para decidir sobre medidas para reduzir gases que saem de ônibus, motos e caminhões
Publicado: Domingo, 19 Junho 2011 21:00 Última modificação: Domingo, 19 Junho 2011 21:00

A cidade que vai sediar a Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, em 2012, trocou a feia fumaça preta dos ônibus por um selo verde. O Rio de Janeiro é um dos estados que atende de forma criativa às determinações do MMA e do Conselho Nacional de Meio Ambiente (Conama) para o controle da poluição veicular.

Até 30 de junho, os Planos de Controle de Poluição Veicular (PCPVs) devem ser entregues aos conselhos estaduais de meio ambiente. O documento é obrigatório, mas todos terão autonomia para decidir sobre as medidas a serem tomadas para a redução de gases que saem do escapamento de carros, motos, ônibus e caminhões.

No Rio de Janeiro, a criativa campanha vem depois de anos da experiência local em inspeção ambiental de veículos. O Programa Selo Verde é um exemplo de gestão ambiental compartilhada entre o governo estadual e a Federação das Empresas de Transporte de Passageiros. São cerca de 20.500 ônibus, distribuídos entre 212 empresas operadoras, que transportam nove milhões de pessoas diariamente.

O selo atesta, por meio de adesivo colocado voluntariamente nos veículos, sobre o atendimento dos padrões de controle de emissão de gases poluentes. A iniciativa ganhou a mídia e a simpatia da população, ajudando a expandir a campanha.

Ninguém gosta da fumaça expelida por ônibus e caminhões. E tampouco de outros gases invisíveis dos canos de escapamento dos veículos, que causam prejuízos à saúde humana e ao meio ambiente.

O Ceará é um dos estados que encaminhou para o MMA o seu PCPV. Entre os destaques do plano está a meta de redução de até 80% das emissões de poluentes  - o monóxido de carbono, os hidrocarbonetos e a fumaça preta - e 5% no consumo de combustível, após adequados ajustes e reparos nos veículos reprovados na inspeção, e que tenham condições de voltar a circular após visita à oficina.

Otimismo - "Esse é o primeiro esforço real nacional para abrir os olhos para a poluição provocada por veículos", afirma a engenheira química Sabrina Feltes, que trabalha com o PCPV na Fundação Estadual de Meio Ambiente do Rio Grande do Sul (Fepam). A técnica tem uma visão geral sobre a formulação dos planos no País, pois participou de oficinas com os estados, para passar a experiência do Rio Grande do Sul.

"Todos os estados com quem trabalhamos vão atender o prazo de 30 de junho", prevê ela. No mês passado, no MMA, a engenheira esteve em reunião com a Associação Brasileira de Entidades Estaduais de Meio Ambiente (Abema) e com representantes de estados como o MT, MA, PA, PB, PE, RN e RR.

"Os estados estavam com dois tipos de dúvidas", relata Sabrina Feltes. "Tinham dificuldades na formulação dos inventários de emissões de gases poluentes por veículos, e nós levamos a metodologia que temos desde 2005. Aos que já tinham inventários prontos, nós ajudamos com as recomendações para a execução de medidas."

Sabrina Feltes também esteve na reunião de técnicos que o Mato Grosso do Sul realizou durante uma semana, e que teve a participação do gerente de Qualidade do Ar, do MMA, Rudolf Noronha. "Recebemos planos prontos e convites para participar de encontros. Os estados demonstram comprometimento", observa ele.

A engenheira considera que os estados estão fazendo um grande esforço para soluções de problemas de poluição da atmosfera. "Com a contribuição de órgãos da saúde, todos fizemos reflexões sobre doenças respiratórias e sobre o retorno que a população terá com veículos regulados. Serão menos gastos em saúde. E também sabemos que 40% dos acidentes no trânsito estão relacionados com a falta de manutenção", ressalta Sabrina.


Fim do conteúdo da página