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Encontro com trabalhadores debate desenvolvimento sustentável

No primeiro encontro de defesa do meio ambiente, a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil lança cartilha com propostas práticas para um novo perfil de trabalho, que preserve os recursos naturais
Publicado: Terça, 14 Junho 2011 21:00 Última modificação: Terça, 14 Junho 2011 21:00

Melissa Silva

Organismos internacionais, como FAO e OCDE, estimam que até 2050 o mundo vai demandar 70% mais alimentos do que se produz hoje. O Brasil é visto como o grande produtor que poderá suprir essa necessidade. Nesse contexto, o País deve buscar um modelo de desenvolvimento rural cada vez mais sustentável, com o suporte da agricultura familiar, mantendo os níveis de produção, sem comprometer a base de recursos naturais e degradar áreas de proteção ambiental, vitais para a manutenção da capacidade produtiva dos ecossistemas.

Essa perspectiva foi comentada pelo secretário de Extrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Roberto Vizentin, durante o 1º Encontro Nacional de Defesa do Meio Ambiente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), realizado nesta quarta-feira (15/6), em Brasília, para debater o desenvolvimento sustentável a partir da valorização do trabalho.

O Brasil está com o desafio de compatibilizar a sustentação do crescimento econômico com a minimização dos impactos ambientais gerados pela pressão do desenvolvimento. Para isso, acredita Vizentim, o País não precisa percorrer o mesmo caminho dos países desenvolvidos, que só depois de alcançarem patamares elevados de consumo e destruíram grandes áreas, resolveram buscar soluções para reverter a situação. "O Brasil deve dar um salto direto para sustentabilidade, como condição para o desenvolvimento diferenciado com viabilidade econômica, investindo em conservação ambiental e restaurando áreas degradadas", disse.

Para o secretário, a mudança dos modelos produção e de consumo é a grande aposta para o futuro e aparece como diferencial a favor da unidade entre produtores e consumidores que, a partir de uma perspectiva socioambientalista, estão aprofundando as transformações pelas quais a sociedade brasileira vem passando. É neste contexto que a política e a legislação ambiental devem ser vistas, como propulsoras da transição para a sustentabilidade.

"Defendemos uma legislação socialmente justa, que contribua para a luta democrática e a apropriação dos recursos naturais por aqueles que historicamente foram excluídos do desenvolvimento, como grande parte da população rural expropriada da terra e dos demais meios de produção", ressaltou

Vizentin ainda destacou que o encontro promovido pela CTB demonstra como as forças democráticas e populares amadureceram, superando o caráter sindical e corporativo de antes, para incorporar em suas plataformas de lutas, reivindicações e valores de interesse geral da sociedade, a exemplo da sustentabilidade ambiental como eixo estruturante do projeto de  desenvolvimento.

O Encontro - A CTB defende um projeto de desenvolvimento do País com a valorização do trabalho e da  sustentabilidade ambiental. Para aprofundar o entendimento acerca desse projeto, a Central realiza o encontro até sexta-feira (17/6) e ainda aproveita para lançar a sua Cartilha de Meio Ambiente. 

A publicação traz reflexões de como os trabalhadores podem desenvolver propostas práticas que promovam a inclusão de suas atividades em um novo perfil de trabalho, que respeite e preserve os recursos naturais.

O texto aborda questões ligadas à consumo, geração de resíduos, planejamento urbano, saneamento, energias renováveis, mudanças climáticas, proteção de florestas, entre outros assuntos que agora têm função de embasar o diálogo dentro da Central para, futuramente, ajudar na construção da política ambiental da CTB.

O encontro conta com a participação de lideranças sindicais, representantes de movimentos sociais e ambientalistas, bem como de associações e instituições filiadas à Central.

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