Nesta Semana Nacional da Mata Atlântica, o Ministério do Meio Ambiente, um dos organizadores do evento, vai apresentar uma série de publicações que tratam de diversos assuntos de alta relevância. O lançamento oficial será no primeiro dia do evento, nesta quarta-feira, (25/5), às 19h. Mas poderão ser encontradas durante o seminário que irá até sexta-feira, 27/5), no Auditório do Canal da Música, em Curitiba.
As publicações foram organizadas por técnicos do Ministério, consultores e contam com o apoio do Projeto Proteção da Mata Atlântica II (MMA, GIZ, Kfw e Funbio). O livro Pagamentos por Serviços Ambientais na Mata Atlântica - Lições Aprendidas e Desafios, por exemplo, traz projetos e experiências de arranjos de Pagamento por Serviços Ambientais (PSA). O trabalho contou com a coordenação temática de experientes profissionais da área: Peter H. May (PSA por fixação ou redução da emissão de carbono), Fernando Veiga (conservação da água) e Susan Seehusen, André Cunha e Arnoldo Freitas Jr. (conservação da biodiversidade).
Já Áreas de Preservação Permanente e Unidades de Conservação X Áreas de Risco - O que uma coisa tem a ver com a outra? é fruto de um levantamento das áreas da Região Serrana do Rio de Janeiro logo depois de ser atingida pela tragédia das chuvas de janeiro de 2011. Evidencia a importância das Áreas de Preservação Permanente (APPs) e das Unidades de Conservação (UCs) na minimização dos impactos provocados por chuvas torrenciais. A obra compara com imagens de satélite e fotografias aéreas a situação da região antes e depois das enchentes e deslizamentos. Deixa clara a estreita relação entre a ocupação desordenada e ilegal de APPs e os prejuízos econômicos, sociais e ambientais.
Com o financiamento do Projeto Proteção Mata Atlântica II também foi produzido o Mapa de Unidades de Conservação e Terras Indígenas na Área de Aplicação da Lei da Mata Atlântica. A carta foi editada pelo MMA e contou com a colaboração da Fundação Nacional do Índio (Funai), The Nature Conservancy (TNC), Confederação Nacional de Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs). A publicação, que em formato aberto mede um metro por 70 centímetros, é acompanhada de um DVD com este e diversos outros mapas em PDF e arquivos poligonais (shapefiles).
Outra obra apropriada - ainda mais em tempos de preparativos para a Copa do Mundo - é Contribuição das Unidades de Conservação para a Economia Nacional. O livro revela o potencial econômico das UCs - áreas naturais protegidas pelo poder público com o objetivo de manter recursos naturais importantes. A pesquisa aponta que as reservas contribuem muito para o aquecimento da economia, não só do local, mas da região. A visitação nas UCs federais e estaduais pode alcançar um público de cerca de 20 milhões de pessoas em 2016, o que geraria uma renda de R$ 2,2 bilhões nesse mesmo ano. Já os 67 parques nacionais têm potencial para gerar entre R$ 1,6 bilhão e R$ 1,8 bilhão por ano.
Mas isso acontecerá somente se o potencial dessas UCs for explorado. O livro traz estudos recentes sobre o potencial econômico das UCs nos campos de serviços ambientais, recursos hídricos e receitas tributárias como o ICMS Ecológico.
Além desses trabalhos, o MMA vai lançar o livro Mata Atlântica Patrimônio Nacional dos Brasileiros em um DVD com outros títulos editados pelo Ministério. A mídia contém ainda uma complilação da legislação ambiental, cartazes, mapas e outras informações importantes e atualizadas sobre a Mata Atlântica, como planos de ação para conservação de espécies ameaçadas.
Todos os lançamentos serão disponibilizados em breve no site do MMA. Os interessados em obter os produtos apresentados na Semana Nacional da Mata Atlântica deverão enviar uma solicitação com uma justificativa para o endereço Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
Fonte: Silvia Marcuzzo para a Semana Nacional da Mata Atlântica
Redes Sociais