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Estudos podem ajudar na criação de reservas extrativistas no norte de MG

Estudos sobre a vegetação local identificaram mais de 200 espécies e foram feitos para subsidiar a criação das reservas extrativistas de Barra do Pacuí e de Buritizeiro (MG)
Publicado: Domingo, 17 Abril 2011 21:00 Última modificação: Domingo, 17 Abril 2011 21:00

Carine Correa

Pesquisadores do Centro de Referência em Conservação da Natureza e Recuperação de Áreas Degradadas (CRAD) da Universidade de Brasília realizaram uma série de levantamentos sobre a vegetação e o uso tradicional da flora nativa nos municípios mineiros de Buritizeiro e Ibiaí, com o objetivo de fornecer dados para a criação de duas reservas extrativistas(Resex).

As áreas de Cerrado estudadas estão localizadas no norte de Minas Gerais e situadas na Bacia do Rio São Francisco. A demanda para a criação dessas novas unidades de conservação (UCs) foi feita pelas populações tradicionais da região, em 2006.
Durante o trabalho de campo, que durou cerca de dois anos, foram inventariadas 225 espécies vegetais.

Os resultados desta pesquisa foram compilados na obra "Estudos de vegetação para subsididar a criação das resex Barra do Pacuí e Buritizeiro", que foi publicado no final de 2010 e lançado dia 12 de abril.

O livro demonstrou o uso que as comunidades de Buritizeiro e da Barra do Pacuí fazem com mais de 70% das plantas estudadas (tanto madeireiras, quanto frutíferas e medicinais). O processo de criação das UCs está na fase de organização comunitária para a preparação das consultas públicas.

Benefícios - A criação destas áreas protegidas pode contribuir para a conservação dos recursos naturais e para que as comunidades locais tenham segurança fundiária, acesso a linhas de crédito e financiamento para a reforma agrária, fomento comercial, proteção e reconhecimento do    seu modo de vida.

"O perfil das populações tradicionais é ajustado de acordo com as paisagens naturais que caracterizam as diferentes formas de vida destas comunidades. A criação destas novas resex no Cerrado vai possibilitar o reconhecimento de populações tradicionais do Rio São Francisco, como é o caso dos vazanteiros ( que trabalham com agricultura de vazante) da Barra do Pacuí", afirma Gustavo Oliveira, técnico do MMA e um dos autores do livro.

A publicação pode ser acessado por meio do link abaixo:    http://www.mma.gov.br/sitio/index.php?ido=conteudo.monta&idEstrutura=201&idConteudo=9640&idMenu=10274

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