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Probio integra interesses diversos em torno da biodiversidade

Publicado: Terça, 05 Abril 2011 21:00 Última modificação: Terça, 05 Abril 2011 21:00

Cristina Ávila

A conservação da biodiversidade não é mais assunto restrito a biólogos e ambientalistas. O assunto atualmente faz parte da pauta de produtores de grãos e também interessa a profissionais da saúde pública. O crescente interesse pelo meio ambiente por setores diversificados da sociedade é um dos resultados do Projeto Nacional de Ações Integradas Público-privadas para a Biodiversidade (Probio), e será apresentado, em junho de 2012, na Rio + 20, a Conferência das Nações Unidas para o Desenvolvimento Sustentável (CDB).

"Conseguimos incluir a conservação da biodiversidade nas políticas públicas de diversas áreas e inclusive em setores da iniciativa privada", destaca Daniela América Oliveira, diretora de Conservação da Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente. Ela esteve nesta quarta-feira (6/4) na reunião em que o secretário-executivo do MMA, Francisco Gaetani, recebeu instituições parceiras que trouxeram resultados relacionados ao Probio, que está em sua segunda fase.

O depoimento da coordenadora do Programa Institucional Biodiversidade e Saúde, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Marcia Chame, ilustrou bem a diversidade de interesses que hoje abrangem as questões ambientais.

"Dados mostram que 78% das patogenias são compartilhadas entre homens e animais, que são as zoonoses. Com abundância de fauna diminuem as chances das doenças atingirem as pessoas. É o que se chama de efeito de diluição. Podemos dizer que um ecossistema bem preservado faz bem para a saúde", explica Marcia Chame.

Os agricultores, tradicionalmente habituados ao uso da química para o controle de doenças nas lavouras, também começam a mudar de ideia. "Uma das ações do Probio é o uso da fitoterapia para o combate de pragas", comemora Rogério Dias, coordenador de Agroecologia no Ministério da Agricultura. Ele citou ao secretário Francisco Gaetani que está em fase de publicação um decreto com uma lista de produtos fitossanitários para a agricultura orgânica. "Evitando o uso de agrotóxicos. Esses produtos servirão para grandes e pequenos produtores", observa.

Daniela América comenta que essa integração entre instituições, chamada pelos especialistas de "transversalização", é uma das metas da Convenção para Diversidade Biológica que teve sua 10ª Conferência das Partes (COP 10) realizada no ano passado em Nagoya, no Japão. O compromisso dos países é mostrar resultados na COP 11, que será realizada na Índia, no ano que vem. O Brasil vai se antecipar alguns meses, com a apresentação do Probio na Rio + 20.

O Probio tem o objetivo de estimular mudanças nos modelos de produção, consumo e de ocupação do território nacional, com prioridade na agricultura, ciência, pesca, florestas e saúde. É coordenado pelo MMA, em parceria com os ministérios da Saúde, Agricultura e Ciência e Tecnologia, além da Caixa Econômica Federal, Fundação Oswaldo Cruz, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Jardim Botânico do Rio de Janeiro, Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade.

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