Carlos Américo
O Governo Federal vai definir, de forma participativa, diretrizes para o manejo sustentável de 20 produtos da sociobiodiversidade. Para isso, realiza uma série de oficinas participativas de boas práticas de manejo.
Junto com especialistas, pesquisadores e extrativistas, serão sistematizadas informações para garantir a extração sustentável, colaborando para manter a floresta em pé. As oficinas começaram em 2010, quando foram debatidos os manejos do Açaí, Castanha-do-Brasil, Babaçu, Andiroba e Copaíba, espécies prioritárias do Plano Nacional das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade (PNPSB).
As oficinas debatem sobre produtos de todo do Cerrado, Caatinga e Amazônia. Em 2011, já ocorreram as de Carnaúba, Licuri e Caroá. O Baru, espécie encontrada no Cerrado, foi tema da oficina realizada nos dias 21 e 22 de fevereiro, em Brasília. Pequi e Buriti serão debatidos em março.
Algumas das 20 espécies serão inseridas na Instrução Normativa 17 do Extrativismo Orgânico. No caso dessas espécies, as diretrizes passarão por consulta pública. O resultado estará em cartilhas para orientar técnicos, povos e comunidades tradicionais e agricultores familiares.
A iniciativa é uma parceira entre o Ministério do Meio Ambiente, por meio da Secretaria de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável (SEDR) e Secretaria de Biodiversidade e Florestas (SBF), e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento por meio da Coordenação de Agroecologia.
De acordo com o Gerente de Agroextrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Júlio Pinho, as diretrizes vão ajudar na negociação comercial dos produtos. "Empresários do mundo inteiro estão interessados nos produtos da sociobiodiversidade brasileira e querem garantia de que eles não agridem a floresta", ressaltou.
Ele ainda destaca que a promoção do uso sustentável dos recursos da sociobiodiversidade também faz parte da estratégia do governo de conservação da biodiversidade.
Outras espécies, que não terão oficinas, também estão tendo as suas diretrizes construídas também com o apoio da Gerência de Extrativismo do MMA.
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