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Ibama treina brigada indígena para prevenir e combater incêndios florestais

Publicado: Segunda, 28 Fevereiro 2011 21:00 Última modificação: Segunda, 28 Fevereiro 2011 21:00

Ninguém melhor para cuidar da floresta do que quem vive lá. Por isso, o Ibama treinou, na última semana, um grupo de 35 indígenas da etnia macuxi, do extremo norte de Roraima, para a brigada comunitária de combate a incêndios florestais.

Batizada de Turuka, a brigada recebeu o treinamento na comunidade de Maturuca, na região das serras da Terra Indígena Raposa/Serra do Sol. As aulas, teóricas e práticas, foram dadas por especialistas do Centro Nacional de Prevenção e Combate aos Incêndios Florestais (Prevfogo). O nome da brigada é uma homenagem a uma montanha vizinha criada pelo deus Macunáima, segundo o lendário local.

Todos os membros da brigada Turuka são egressos de cursos do Programa Agente Ambiental Voluntário, também ministrados pelo Ibama.

E a consciência ambiental é evidente nos jovens participantes. "Fui escolhido pela minha comunidade (Pedra Branca) para participar do curso por causa da minha preocupação com os incêndios. Agora terei condições de ajudar a controlar o uso do fogo na minha comunidade", disse Eronilson Ambrósio, no encerramento do curso.

O pedido de treinamento partiu do Conselho Indígena de Roraima (CIR), em responta à demanda dos próprios índios. A região das serras no norte de Roraima tem vegetação do tipo savana estépica. As chuvas ocorrem  entre maio e setembro. No resto do ano, o clima é muito seco, o que facilita a propagação do fogo.

Junto com a Funai, o CIR apoiou o Ibama na logística, coordenação dos trabalhos e como agentes de ligação com as lideranças locais. A comunidade do Maturuca, liderada pela segunda tuxaua, Eneisa Maria Melchior de Lima (que também frequentou do curso), ofereceu acomodações para instrutores, pessoal de apoio e alunos de outras comunidades.

Para o coordenador do Prevfogo em Roraima, Joaquim Parimé, uma região com tais características necessita de ações de preservação ambiental e a formação de uma brigada indígena voluntária. "É uma inserção educativa ambiental inédita num local de uso do fogo em práticas tradicionais de cultivo, pecuária e caça. Estamos introduzindo novos conhecimentos e técnicas de controle e uso racional do fogo numa região de difícil acesso para o combate aos incêndios florestais ocupada por populações tradicionais", explicou.

A parceria Ibama/Funai/CIR deve treinar mais uma brigada indígena em novembro, nas terras baixas da TI Raposa/Serra do Sol. Também estão em fase planejamento cursos sobre sistemas agroflorestais e educação ambiental para enriquecer a formação dos agentes ambientais/brigadistas indígenas.

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