Carlos Américo
Entre 15 e 19 de fevereiro, cooperativas brasileiras de extrativistas e de agricultores familiares venderam US$ 1,6 milhão de produtos, além da expectativa de fechar US$ 5 milhões em negócios. Esse resultado é recorde desde que o Brasil começou a participar, em 2003, da Biofach, maior feira de produtos orgânicos do mundo realizada na Alemanha.
Os ministérios do Meio Ambiente e do Desenvolvimento Agrário promoveram a participação de 10 empreendimentos de agricultores familiares e extrativismo na Biofach Alemanha 2011, na cidade de Nerunberg, onde mais de 190 empresas, de 41 países, se reúnem para fechar negócios sobre produtos orgânicos.
Para o gerente de Agroextrativismo do Ministério do Meio Ambiente, Júlio Pinho, a participação dos extrativistas na feira é muito importante para a promoção de boas práticas na produção. "Isso valoriza o produto e a floresta em pé", disse, lembrando que os empresários do mundo inteiro estão interessados nos produtos da sociobiodiversidade brasileira e querem garantia de que os produtos não agridem a floresta.
Por isso, o Governo Federal está elaborando diretrizes para o manejo sustentável de 20 produtos da sociobiodiversidade. O Brasil tem 5,2 milhões de extrativistas. Eles tiram o sustento de suas famílias com produtos da sociobiodiversidade, ao mesmo tempo que mantêm a floresta conservada.
Júlio Pinho participou de mesa de debates sobre o Plano Nacional de Promoção das Cadeias de Produtos da Sociobiodiversidade. Na ocasião, ele destacou que a produção dos produtos da sociobiodiversidade ajuda o Brasil a reduzir e atingir a meta de redução do desmatamento em 80% até 2020. Após a apresentação do plano, um empresário comprou 30 mil potes de geleia de umbu. "O Brasil tem produtos diferenciados. Umbu só tem aqui. Então, é a oportunidade de promover rodadas de negócios", salientou.
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