Durante o 9º Forum das Nações Unidas para Florestas, realizado em Nova York desde o dia 24 de janeiro, o ministro do Itamaraty Paulino Franco Neto participou do evento "Florestas para os povos, sustento e erradicação de pobreza, promovido na última terça-feira (25/1).
Ele mencionou como exemplo de ações sustentáveis um projeto de extrativismo desenvolvido pela Embrapa Acre no município de Pedro Peixoto. Este programa tem por objetivo viabilizar o manejo florestal sustentável em comunidades locais, utilizando equipamentos adequados às condições comunitárias.
O projeto promove também a adequação ambiental das glebas do Projeto de Colonização Agrícola da região, a averbação das reservas legais e a elaboração de propostas de manejo florestal sustentável.
Confira um trecho de seu pronunciamento.
Durante muitos anos no Brasil, as comunidades que tinham por base de sobrevivência o manejo florestal sustentável não eram consideradas economicamente viáveis. Por outro lado, para que as companhias madeireiras se tornassem competitivas, era necessário que as mesmas pudessem obter equipamentos caros - como tratores, por exemplo-, àquela época incompatíveis com a renda de pequenos fazendeiros e com os tamanhos disponíveis de suas áreas.
Procurando soluções para este desafio, em 1995, um grupo de pesquisadores da Embrapa Acre e da Fundação Tecnológica do Estado do Acre ( Funtac) examinaram e avaliaram pela primeira vez questões como a extração de madeira de florestas nativas sem o uso de equipamentos caros, a inclusão desta atividade associada às outras práticas de agricultura de pequenos fazendeiros e a realização deste tipo de extrativismo feito de maneira sustentável tanto econômica quanto ecologigamente.
No mesmo ano, a Embrapa Acre instalou o primeiro modelo de manejo florestal comunitário no estado, no Projeto de Colonização Agrícola localizado em Pedro Peixoto. O desenho inicial era baseado na observação da viabilidade de métodos tradicionais de exploração de florestas inundadas ( terras baixas e áreas inundadas) e nas terras altas nos estados do Amazonas e Pará. Com o desenvolvimento deste sistema de uso da terra, tem sido possível assegurar a sobrevivência e a ocupação da terra a milhares de famílias em vários locais da Amazônia.
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