O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o banco alemão de desenvolvimento KFW assinaram, nesta terça-feira (7/12), um contrato de doação de 18 milhões de euros (equivalentes a US$ 30,6 milhões) para financiar projetos do Fundo Amazônia.
O acordo foi formalizado durante a 16ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP16), que acontece em Cancún, no México. Trata-se do segundo país a doar recursos para o Fundo Amazônia. O primeiro foi a Noruega, cujo contrato, assinado em 2009, prevê doações de US$ 1 bilhão até 2015.
Considerado uma das iniciativas pioneiras de REDD (Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação) no mundo, o Fundo Amazônia, administrado pelo BNDES, já aprovou 13 projetos, no valor de R$ 189 milhões (cerca de US$ 109,5 milhões).
Os projetos, que em linhas gerais visam à contenção do desmatamento na Floresta Amazônica, abrangem uma área superior à da Alemanha e à do Reino Unido juntas. As iniciativas estão sendo realizadas em sete Estados da região, envolvendo mais de 200 municípios e beneficiando populações tradicionais como ribeirinhos, indígenas e quilombolas, povos que habitam a floresta e dela tiram seu sustento.
Os projetos têm abordagens distintas, mas com ações que contribuem direta ou indiretamente para reduzir a emissão de CO2, decorrente da degradação e do desmatamento. Entre seus objetivos estão a regularização fundiária e o diagnostico ambiental, a recuperação de áreas desmatadas, o fomento a cadeias ambientais florestais, o incentivo técnico e o pagamento por serviços ambientais, sempre em linha com as políticas publicas de gestão ambiental.
O BNDES tem a missão de formular alternativas viáveis para enfrentar desafios impostos pela degradação da floresta em regiões de alta densidade populacional e de uso desordenado do solo. Estamos falando do destino de cerca de 25 milhões de pessoas que vivem na Amazônia , disse Sergio Weguelin, superintendente da Área de Meio Ambiente do BNDES.
Os programas também contemplam a revitalização da agricultura familiar, o fortalecimento do sistema de monitoramento do desmatamento através de imagens de satélite e o incentivo às atividades econômicas sustentáveis.
Além de concentrar projetos no chamado Arco do Desmatamento, faixa que concentra maior área degradada da região, o Fundo Amazônia prioriza áreas com intensa cobertura florestal, ou seja: regiões onde iniciativas de recuperação e proteção são mais necessárias.
Para saber mais, acesse www.fundoamazionia.gov.br.
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