Rafael Imolene
Durante a programação da 10ª Conferência das Partes sobre Diversidade Biológica (COP 10), realizada em Nagoia, no Japão, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, afirmou nesta terça-feira (26/10), ser "de máxima importância que os países se organizem
voluntariamente para superar com urgência o desafio de reduzir emissões provenientes do desmatamento e da degradação das florestas". A declaração fez parte de discurso da ministra proferido durante a reunião ministerial entre os países parceiros da REDD+ (REDD Plus, sigla para Redução das Emissões do Desmatamento e Degradação).
Izabella Teixeira ressaltou que as ações de financiamento para a REED+ devem ser vistas como exemplo de multilateralismo e de compromisso coletivo, com potencial de influenciar positivamente as negociações na Conferência sobre Mudanças Climáticas (de 29 de novembro a 10 de dezembro, em Cancún). "Esta parceria nos dá a capacidade de aperfeiçoarmos pontos relacionados às decisões de REDD+ da Conferência de Mudanças Climáticas, bem como de preparar o desenvolvimento de países para implementar as estratégias deste mecanismo de acordo com o progresso das negociações desta conferência", disse. "Os esforços comuns de países doadores e beneficiados pode nos permitir mais efetivamente alcançar as metas de REDD."
De acordo com a ministra, já é possível identificar resultados apenas cinco meses depois do lançamento da parceria. "Os dados disponíveis nos mostram que os compromissos, tanto multilaterais quanto bilaterais, das iniciativas de REDD+ têm crescido desde maio." Citando outro exemplo, Izabella mencionou que o Fundo Global para o Meio Ambiente acaba de criar incentivos para investimentos em REDD+.
Medidas Concretas - Em diferentes momentos do discurso, Izabella Teixeira destacou a necessidade de tomar decisões e agir imediatamente. "Estamos aqui para lidar com a urgência de reduzir o desmatamento e a degradação florestal, e de reduzir uma das mais importantes fontes de emissões de carbono nos países em desenvolvimento", afirmou. "O Brasil acredita que devemos nos concentrar em medidas concretas, e não em política. Nossas florestas necessitam de ação imediata."
Ao concluir, a ministra ressaltou a importância de respeitar os povos e a soberania das nações. "Estamos aqui para trabalhar com os países doadores e as partes interessadas, com o objetivo de garantir o apoio financeiro e técnico aos países em desenvolvimento para que alcancem suas metas. Estamos aqui para trabalhar juntos em estratégias ambientais que são consistentes e que vão promover benefícios para a biodiversidade, respeitando os direitos dos povos indígenas e de comunidades locais. O Brasil acredita que podemos fazer tudo isso juntos, com transparência, inclusão e respeito à soberania dos países."
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