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Mesmo com queimadas, desmatamento cai 48%

Publicado: Segunda, 30 Agosto 2010 21:00 Última modificação: Segunda, 30 Agosto 2010 21:00

Paulenir Constâncio

 

Uma nova queda do desmatamento em julho, registrada pelo Deter (Sistema de Detecção em Tempo Real) e divulgada pelo Inpe em meio à onda de incêndios pelo País, pode indicar não haver mais uma relação entre queimadas e desmatamento na Amazônia. A avaliação foi feita nesta terça-feira (31) pela ministra Izabella Teixeira em entrevista coletiva no Ministério do Meio Ambiente. Os novos números relativos ao período de agosto de 2009 a julho de 2010, se comparados ao mesmo período 2008/2009, apontam uma queda de 48%. Confirmada essa tendência, será "a menor das menores", segundo a ministra.

 

Desta vez os resultados estão bem mais próximos de refletir a realidade. A cobertura de nuvens chegou a 29%, mas foi detectada fora das áreas críticas, aonde vêm ocorrendo os maiores focos de desmatamento há vários anos. Foi desmatada uma área total de 485 Km2, dos quais mais da metade no estado do Pará, que perdeu 237 Km2 de sua cobertura vegetal. Comparado com o igual período anterior, a área desmatada caiu de 4,4 mil hectares para 2,3 mil hectares.

 

A expectativa da ministra é que os dados divulgados, que já confirmam a forte tendência de queda, sejam confirmados pelo Prodes. Nesse sistema de monitoramento aparecem áreas menores, de até 2,5 hectares, dando um quadro mais fiel do desmatamento. O Deter foi aprimorado com a entrada em operação de imagens de um novo satélite, que não depende da cobertura de nuvens para detectar focos de incêndio. Mas tem limitações, por ser destinado a direcionar as ações de controle do desmatamento e não captar áreas menores.

 

O governo tem razões de sobra para comemorar as sucessivas quedas. O resultado é atribuído ao sucesso das operações Boi Pirata 1 e 2, que retirou mais de três mil cabeças de gado que eram criadas em área da reserva, e ao combate à extração de madeira na área. O que ainda preocupa são as margens das rodovias que estão em fase de pavimentação. Enquanto o desmatamento cai em vários estados, apresenta tendência de alta no Amazonas. Agora o desmatamento cresceu em Apuí, município às margens da BR-319, que liga Porto Velho a Manaus.

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