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Veleiro científico pesquisa poluição do mar

Publicado: Terça, 24 Agosto 2010 21:00 Última modificação: Terça, 24 Agosto 2010 21:00

Carlos Américo

O veleiro científico Sea Dragon começa, nesta quinta-feira (26), uma viagem pelo oceano Atlântico para monitorar a presença e os impactos de poluentes orgânicos persistentes (POPs) na água e em peixes de águas profundas. A partida será na Marina da Glória, no Rio de Janeiro, depois da cerimônia, às 11h, que marca a entrada em vigor de nove novos produtos à lista de POPs.

Os POPs são substâncias persistentes, discutidas no âmbito da Convenção de Estolcomo. Elas permanecem no ambiente por muito tempo sem sofrer degradação, o que gera danos ao ser humano e à natureza. Já existem 12 substâncias na lista de POPs, utilizadas em pesticidas de controle de insetos no solo, inseticidas de culturas de algodão e outros produtos utilizados em indústrias químicas.

Uma vez que muitos dos POPs ainda são utilizados em todo o mundo, os países que integram a Convenção Estocolmo vão adotar medidas de controle, redução e eliminação desses produtos.

A viagem faz parte da Campanha das Nações Unidas para a Responsabilidade sobre os Produtos Químicos e Resíduos Perigosos. Em videoconferência, o secretário-executivo da Convenção de Estocolmo, Donald Cooper, realizará ato comemorativo em Genebra, Suíça, referente à entrada em vigor das nove novas substâncias químicas.

A secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, Branca Americano, participa do evento na Marina da Glória. A iniciativa também busca inserir o tema da segurança química nos debates da Rio+20, em 2012.

No Brasil, será realizado inventário sobre os novos POPs, elaborando medidas de controle e eliminação das substâncias. As novas substâncias incluídas são alfa hexaclorociclohexano (±-HCH); beta hexaclorociclohexano (²-HCH); lindano; clordecone; hexabromodifenil; éter octabromodifenílico comercial (octa-BDE); éter pentabromodifenílico comercial (penta-BDE); ácido perfluooctano sulfônico, seus sais e perfluorooctano sulfonil fluoreto (PFOS/PFOSF); e pentaclorobenzeno.

Controle e eliminação de poluentes

O HCH (hexaclorociclohexano), que já foi utilizado como agrotóxico e preservante de madeira no Brasil, teve o seu registro cassado em 2007, porém, há indícios da existência de estoques e áreas contaminadas.

O caso mais conhecido é o da Cidade dos Meninos, na Baixada Fluminense, no Rio de Janeiro. Nos anos 50, a fábrica de pesticidas para combate à malária foi desativada e todo o material poluente foi abandonado no local. O material se espalhou e infiltrou no solo, iniciando um processo de contaminação do meio ambiente e da população que dura até hoje.

No caso do PFOS/PFOSF, utilizado em isca formicida, serão adotadas medidas restritivas. Outros produtos podem ser encaminhados para reciclagem.

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