Carlos Américo
A Segunda Conferência Internacional: Clima, Sustentabilidade e Desenvolvimento em Regiões Semiáridas - Icid 2010, que será realizada em Fortaleza (CE), entre os dias 16 e 20 de agosto, terá suas emissões de carbono neutralizadas com o plantio de 400 mudas de árvores, evitando impactos negativos da realização do evento no meio ambiente. Transporte, energia e lixo são as principais fontes de emissão de carbono em um grande evento.
Na abertura do evento, dia 16, será plantada uma espécie da Caatinga, em ato simbólico, na área externa do Centro de Convenções, local dos debates da Conferência. Em seguida a empresa Prima, responsável pelo plantio das árvores, dará o título de Conferência Neutra em Carbono e o Selo Prima Mudanças Climáticas para a Icid, por compensar as emissões geradas pela realização do evento.
As árvores serão plantadas no sábado (14/08), dois dias antes da abertura do encontro, em uma Área de Proteção Permanente, com espécies da Mata Atlântica, no Rio de Janeiro. O plantio é realizado pela Oscip Prima - Mata Atlântica e Sustentabilidade. Com o projeto de monitoramento das árvores, eles garantem a área plantada por pelo menos 20 anos.
O objetivo da iniciativa é despertar os participantes e a organização da Icid para a necessidade da mudança de postura sobre os padrões de consumo individual e coletivo. O selo é validado pela Rede Brasileira de Informação Ambiental (Rebia).
A iniciativa vai de encontro aos temas em debate na Icid - desertificação e mudanças climáticas. São esperadas cerca de duas mil pessoas na Conferência, de mais de 100 países, de 16 a 20 de agosto, na capital cearense, onde serão discutidas questões relacionadas aos efeitos do aquecimento global em regiões áridas e semiáridas, com o objetivo de achar soluções e incluir esses temas nas agendas de debates nacionais e internacionais.
Essa é uma das primeiras experiências de neutralização de carbono em um grande evento no Brasil. A expectativa é que a idéia seja seguida por outros eventos.
Para chegar ao número de 400 árvores, a Prima utilizou a fórmula do Protocolo de Kyoto, na qual prevê que para cinco árvores da Mata Atlântica plantadas por 20 anos é neutralizada uma tonelada de carbono.
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