Carlos Américo
O Ministério do Meio Ambiente firmou parceria com associações de produtores de arroz irrigado e órgãos envolvidos para criar soluções ambientais, econômicas e sociais que garantam a produção sustentável de arroz nas áreas de várzea no Rio Grande do Sul. Para isso, a resolução nº 303, do Conselho Nacional do Meio Ambiente, que trata sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Proteção Permanente (APP), vai ser revisada.
O objetivo é garantir a produção sustentável do arroz irrigado no Rio Grande do Sul, sem comprometer os critérios e cuidados necessários para a proteção das APPs e dos recursos hídricos. Para o diretor de Zoneamento Territorial (DZT) do MMA, Roberto Vizentin, os agricultores já entenderam a importância da proteção das APPs para a produção. Segundo ele, alguns produtores tiveram grande perda na safra de 2010 por causa das enchentes.
O diretor fechou a parceria com os produtores de arroz irrigado na quinta-feira (27/5), durante a 16ª Feira Nacional do Arroz, em Cachoeira do Sul, (RS), cidade conhecida como a capital do arroz. O Rio Grande do Sul é responsável por 60% do arroz consumido no Brasil, segundo os organizadores da feira.
Essa parceria faz parte de acordo entre Governo Federal e movimentos da agricultura familiar com o objetivo de facilitar a vida do agricultor, criando procedimentos no sentido de promover a produção de alimentos com proteção do meio ambiente.
Os produtores de arroz também se comprometeram a tornar a produção cada vez mais sustentável. Para isso, várias medidas já estão sendo tomadas. Eles estão reduzindo o uso de insumos agrícolas, principalmente os agrotóxicos, racionalizando o uso da água, controlando pragas e realizando o manejo adequado dos resíduos nas propriedades rurais.
A Embrapa, o Instituto Rio Grandense do Arroz e o governo estadual incentivam os produtores a implementar boas práticas nas atividades no campo. "Isso faz com que o produtor de arroz irrigado seja cada vez mais ambientalmente sustentável", afirma Vizentin.
Para o diretor, a parceria do MMA vai ampliar o diálogo com produtores e órgãos parceiros. "Os debates sobre as soluções ambientais corretas para a viabilização econômica da produção do arroz irrigado serão ampliados", avalia.
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