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Clima, energia e meio ambiente são temas de fórum na Câmara

Evento voltado para informações sobre o processo europeu de integração e desenvolvimento institucional, busca aprofundar a discussão sobre a cooperação nas áreas energéticas e de proteção ambiental.
Publicado: Terça, 25 Maio 2010 21:00 Última modificação: Terça, 25 Maio 2010 21:00

Melissa Silva

Para debater os "Desafios e Experiências entre Brasil e União Européia no contexto pós-COP 15", a secretária de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental, Branca Americano, participou, nesta quarta-feira (26/5), de painel do 17º Fórum Brasil-Europa, na Câmara dos Deputados, em Brasília.

O evento tem o objetivo de promover o diálogo e aprofundar as relações entre o Brasil e a União Europeia, destacando as perspectivas brasileiras e europeias para as questões relacionadas ao clima, energia e seu impacto ambiental no cenário internacional.

Embora não haja consenso legal de Copenhague, Branca acredita que em relação às metas de mitigação, pensando num nível global, Copenhague teve um grande avanço na luta pela definição dos dois graus centígrados como limite para o aumento da temperatura.

"Para alguns, os dois graus como limite acima da era industrial não é insuficiente para conter os efeitos do aquecimento global. O IPCC [Painel Intergovernamental sobre as Mudanças Climáticas, sigla em inglês] diz que temos 50% de possibilidade de manter o padrão de civilização de hoje com o aumento dos dois graus. Mas essa é a luta possível e hoje isso está no documento de negociação", revelou a secretária.

Branca explicou que os problemas causados com o aumento da temperatura são conseqüências de emissões ao longo de um tempo, mais significativamente dos últimos 50 anos. "A responsabilidade histórica é, principalmente, dos países mais desenvolvidos. No entanto, mesmo a responsabilidade do Brasil não sendo tão significativa, não quer dizer que não tenhamos de ser parte da solução. É preciso que sejam estabelecidas metas mundiais claras para 2050, mas também clareza para as metas de médio prazo, para 2020", defendeu.

Para isso, a secretária aponta a necessidade de aumentar o volume de financiamento para desenvolvimento de estudos e de novas tecnologias, buscando soluções inteligentes de baixo carbono. "Mesmo não havendo desmatamento ilegal, temos de trabalhar nos mecanismos que permitam o desenvolvimento da região com base na floresta em  pé. Poderemos tornar o Brasil uma potencia do futuro porque temos vantagens comparativas e temos de saber como usá-las", concluiu.

17º Fórum - Pela segunda vez o encontro é realizado no Congresso Nacional e organizado por meio da parceria entre o Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia, o Instituto de Relações Internacionais da Universidade de Brasília e a Fundação Konrad Adenauer, com o apoio da Delegação da União Europeia no Brasil.

O painel ainda contou com a participação do embaixador do departamento de Meio Ambiente e Temas Especiais do Ministério das Relações Exteriores, Luiz Figueiredo, a pesquisadora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e membro do IPCC, Suzana Khan, e dos deputados federais Raul Jungman (PPS/PE e membro da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional da Câmara) e Sebastião Bala-Rocha (PDT/AP e presidente do Grupo Parlamentar Brasil-União Europeia).

Com informações da Agência Câmara

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