Aloma Petiane
A partir de agora, países que fazem parte da Organização do Tratado de Cooperação da Amazônia (OTCA) - Brasil, Bolívia, Peru, Equador, Colômbia, Venezuela, Guiana Francesa e Suriname - vão trabalhar em conjunto na conservação e uso sustentável da biodiversidade da Amazônia.
Nos dias 6 e 7 de maio, os membros da OTCA se reuniram em Lima, Peru, para negociar um plano de ação para biodiversidade. Essa iniciativa favorece o intercâmbio de experiências e fortalece as estratégias de capacitação. Um dos temas mais debatidos foi a gestão de áreas protegidas.
A proposta do plano de ação regional para a biodiversidade contribui para os preparativos para a Conferência sobre a Biodiversidade (COP-10), que acontece no final do ano em Nagoya, no Japão.
"Os países chegarão a Nagoya com um plano de ação especialmente direcionado para Amazônia, respondendo aos anseios dos países membros da OTCA e fortalecendo a visão regional com enfoque na soberania e no respeito a cada nação", explica o diretor do Departamento de Articulação de Ações da Amazônia, Mauro Pires.
De acordo com o assessor da Assessoria Internacional do MMA Júlio Baena, o evento proporcionou aos países uma nova postura de ações conjuntas relacionadas ao plano, que terá três linhas de programas: investigação, tecnologia e inovação em biodiversidade; áreas protegidas; gestão, monitoramento e controle de espécies de fauna e flora silvestres ameaçadas por comércio.
Para a coordenadora geral de Criação de Planejamento e Avaliação de Unidades de Conservação do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade Giovanna Palazzi, as unidades de conservação terão o plano como aliado para consolidar sistemas nacionais de áreas protegidas. O plano também favorecerá a gestão colaborativa, principalmente das áreas que se localizam em zonas de fronteiras. "Biodiversidade não conhece fronteiras políticas", explica Palazzi.
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