Na abertura do evento, nesta segunda-feira (22/3), estiveram presentes o presidente Lula, os ministros do Meio Ambiente, Carlos Minc, das Cidades, Márcio Fortes, o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral e o prefeito da cidade, Eduardo Paes, além de outras autoridades.
Carlos Minc ressaltou que os principais eixos do fórum - habitação, saneamento e inclusão social - "estão fortemente ligados e presentes na questão ambiental". Ele disse que o Ministério do Meio Ambiente participa do PAC das favelas dando apoio aos catadores de recicláveis, e ainda com ações de reflorestamento e com a implementação de energia solar nas casas do programa "Minha Casa Minha Vida".
O ministro também lembrou que o MMA lançou dois programas importantes em dezembro do ano passado, durante a Conferência Nacional de Saúde Ambiental, em conjunto com os ministérios da Saúde e das Cidades: o Plano Nacional de Qualidade do Ar e o Plano Decenal de Saneamento Ambiental. As cidades serão cada vez mais integradas, e terão que ser cada vez menos violentas e mais verdes", completou.
O tema abordado neste ano será "O Direito à Cidade: Unindo o urbano dividido". O primeiro Fórum Urbano Mundial foi realizado em Nairobi (Quênia) em 2002, e desde então, já foi promovido também em Barcelona (2004), Vancouver (2006) e Nanjing (2008).
Diretrizes
Atualmente, metade da humanidade já vive em subúrbios e grandes cidades. A projeção feita pela ONU é de que, nos próximos 50 anos, dois terços das pessoas estarão vivendo em cidades. Os principais desafios elencados pelo Fórum Urbano Mundial são a diminuição da pobreza crescente, a melhoria ao acesso da população de baixa renda às facilidades básicas - como saneamento, água potável e moradia - e o alcance de uma boa relação com o meio ambiente. Estes fatores são indicados como os eixos de uma sustentabilidade urbana crescente e desenvolvida.
O evento está sendo promovido pela ong UN-Habitat e pelo governo brasileiro. O fórum é uma das assembleias mais abertas e inclusivas de eventos internacionais deste porte, e proporciona o debate conjunto de líderes governamentais, ministros, prefeitos, diplomatas, membros de associações internacionais, nacionais e regionais, ongs, professores, acadêmicos e jovens que trabalham como parceiros na busca da melhoria das cidades.
De acordo com Marcos Caramuru de Paiva, o cônsul brasileiro em Xangai, o Brasil, como outros países no mundo, tornou-se essencialmente urbano durante o século XX. "Hoje precisamos repensar e renegociar as bases fundamentais das cidades que queremos, não só aqui mas em todo o mundo", disse. E acrescentou: nosso planeta é apenas um. O que muda são os endereços, mas consumimos os mesmos produtos globalizados, viajamos das mesmas maneiras e usamos os mesmos recursos naturais, então devemos buscar um desenvolvimento em conjunto.
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