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Blitz ecológica fecha aeroporto clandestino em UC do Rio

Situado em área de proteção ambiental de Maricá, local era utilizado para tráfico de drogas, de armas e de animais silvestres. Minc anunciou projeto de recuperação para a região
Publicado: Quinta, 25 Fevereiro 2010 21:00 Última modificação: Quinta, 25 Fevereiro 2010 21:00

Um aeroporto clandestino usado para tráfico de drogas, de armas e de animais silvestres, foi fechado nesta sexta-feira (26/02), em uma Blitz ecológica, com a participação do ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc. A pista de pouso ficava na região de restinga da Área de Proteção Ambiental de Maricá, no estado do Rio de Janeiro.

Com uma retroescavadeira, a Polícia Militar fez vários buracos na pista para evitar pousos de aviões. No local, havia grande área de restinga degradada. A restinga é um dos ecossistemas mais ameaçados do Brasil.

O ministro Carlos Minc anunciou o projeto de recuperação ambiental para a região, com espécies típicas da restinga. Também será recuperado um buraco na Área de Proteção Ambiental, onde era extraída ilegalmente areia. Por causa do tamanho da vala, esse local é chamado de Buraco Maracanã. No local, ainda foram retiradas carcaças abandonadas de automóveis.

Participaram da operação o assessor especial do MMA José Padrone, o prefeito de Maricá, Washington Quaquá, secretária do Ambiente do Rio de Janeiro, Marilene Ramos, agentes da Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da Polícia Militar do Rio de Janeiro, do Batalhão Florestal da Polícia Militar do Rio de Janeiro e do Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope/RJ).

O ministro Minc chegou ao local da blitz a bordo do helicóptero do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), apresentado na manhã desta sexta-feira, em Niterói. "Essa foi a primeira operação do helicóptero do Inea, e vamos com ele ampliar a fiscalização ambiental no estado e combater os incêndios", disse Minc.

Novos equipamentos

Antes da operação em Maricá, o ministro Carlos Minc participou da apresentação do helicóptero verde, que será utilizado para fiscalização ambiental no estado e terá capacidade para detectar desmatamentos e construções irregulares em áreas protegidas, bem como ajudar no combate a incêndios. A aeronave foi adquirida pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) pelo valor de US$ 5 milhões e ficará no Grupamento Aeromarítimo da Polícia Militar do Rio de Janeiro (GAM).

A negociação para a compra do helicóptero começou quando Minc ainda era secretário do Ambiente do Rio de Janeiro. O ministro aproveitou a ocasião para anunciar o reforço de cinco caminhonetes para ajudar as operações de fiscalização e combate ao crime ambiental. Os veículos foram adquiridos por R$ 500 mil, com recursos do Ministério do Meio Ambiente. "Com esse equipamento vamos intensificar o combate aos crimes ambientais no Rio de Janeiro", ressaltou Minc.

Fabricado pela Helibrás, a aeronave, com três horas e 20 minutos de autonomia de vôo e construída para comportar até dois pilotos e quatro passageiros, consegue transportar até 1.400 quilogramas de carga externa, sendo equipada com um sistema chamado bambi buckets, um tipo de bolsão de lona que pode armazenar 900 litros de água sendo imprescindível no trabalho de combate a incêndios florestais em locais de difícil acesso.

O helicóptero já foi utilizado pelo Serviço de Guarda-parques do Inea. Com a aeronave foi possível avaliar as proporções de um incêndio, que atingiu uma área de 1.400 m² do Parque Estadual dos Três Picos, no município carioca de Cachoeiras de Macacu, e uma queimada na Área de Proteção Ambiental (APA) Macaé de Clima, em Nova Friburgo (RJ).

Participaram da solenidade o comandante Geral da Polícia Militar, coronel Mario Sérgio, a secretária do Ambiente do RJ, Marilene Ramos, e o diretor de Biodiversidade e Áreas Protegidas, André Ilhas.

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