Meio Ambiente

Aida Feitosa

O prefeito do município de Alto Paraguai, Adair José Alves Moreira, e o de Nova Olímpia, Francisco Soares de Medeiros, na região do Pantanal, estiveram nesta quarta-feira (13/1) com o diretor do Departamento de Zoneamento Territorial, Roberto Vizentin para apresentar as potencialidades e as dificuldades enfrentadas pelos municípios onde se localizam nascentes dos rios da bacia pantaneira.

Criado a partir de um garimpo, há 56 anos, o município de Alto Paraguai sofre atualmente, segundo o prefeito Adair Moreira, com a degradação ambiental e o desemprego. "Dos 20 mil habitantes nos tempos do garimpo, hoje só temos 8.500. O diamante acabou e ficaram os problemas. Não temos aterro sanitário nem rede de esgoto, tudo é jogado no rio", revela.

De acordo com o prefeito de Nova Olímpia, Francisco Medeiros, as dificuldades do município de Nova Olímpia são similares aos de Alto Paraguai. "O plantio de cana e as usinas instaladas no município estão em processo de mecanização, o que diminuí a oferta de emprego", disse o prefeito ressaltando que a população local também corre o risco de desabastecimento futuro de água uma vez que as nascentes estão assoreadas.

Roberto Vizentin ressaltou que o Ministério do Meio Ambiente tem um olhar estratégico para os municípios localizados nas nascentes do bioma Pantanal. "A gestão ambiental está ligada com a organização sustentável da produção".explicou. Ele afirmou ainda que técnicos do MMA podem fornecer assistência técnica aos agentes municipais para a realização de projetos como os de aterros sanitários e de educação ambiental.

Vizentin também ressaltou que os municípios podem se beneficiar do Programa Mais Ambiente (Programa de apoio à regularização ambiental dos imóveis rurais, lançado em dezembro pelo governo federal) e dos editais do Fundo Nacional do Meio Ambiente para impulsionar as soluções que estão sendo criadas pela população local como a produção de peixes nas crateras deixadas pelo garimpo de Alto Paraguai e a cooperativa "Mulheres de Fibra" na qual 20 mulheres transformam o bagaço da cana em artesanato em Nova Olímpia.