A outra vitória foi o Brasil ter adotado metas de redução de CO². Durante muitos anos, a posição brasileira não era essa, por questões diplomáticas, econômicas, por questão de se achar que a responsabilidade pela redução dos gases-estufa era só dos mais ricos. Em suma, por várias questões, o Brasil não tinha meta. No Ministério do Meio Ambiente, a Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental tomou uma posição forte em relação à questão, e nós bancamos, fomos com a sociedade, com a academia, e felizmente, também nessa semana, o governo brasileiro adotou essa posição de corte entre 36 e 39 por cento das emissões de 2020.
Então, em apenas uma semana, houve dois fatos importantes: o menor desmatamento da história e as metas de clima. Então eu queria compartilhar com todos os técnicos, analistas ambientais, profissionais do Ministério, do Ibama, do Chico Mendes, da Secretaria de Mudanças Climáticas, do Serviço Florestal. Em suma, de todas as áreas que atuaram nisso.
Eu queria fazer especialmente uma homenagem aos nossos companheiros do Ibama e do Chico Mendes. Nossos companheiros que estão na linha de frente. Eu participei de mais de vinte operações junto com os companheiros, lá, em lugares muito isolados, no interior do Pará, de Mato Grosso, em Buriticupu, no Maranhão perto do Pará, em Paragominas, onde os carros do Ibama foram queimados, a sede foi queimada, e eu sei em que condições esses companheiros trabalham, com outras forças também, como a Força Nacional, a Polícia Federal. Portanto, eu me dirijo em especial aos companheiros do Ibama e do Chico Mendes, nossos dirigentes, nossa área da fiscalização, do Departamento de Proteção, da Coordenadoria de Proteção Ambiental, para os nossos superintendentes em todos os estados, da Amazônia em especial.
Participamos também de boas operações no Paraná, no Rio de Janeiro, no Nordeste. Operações, por exemplo, contra a pesca predatória da lagosta. Então, eu queria deixar aqui o nosso reconhecimento para os nossos companheiros do Ibama e ICMBio. Vocês foram excelentes, deram tudo de si, eu estou orgulhoso de vocês, o Brasil também está reconhecido, o presidente Lula está reconhecido. O Governo adotou uma meta forte de clima. Portanto, a gente mostrou que, no caso da meta de queda do desmatamento, o que parecia impossível, foi possível.
Eu estou querendo compartilhar isso com todo o ministério, também com os ambientalistas, com o Governo, com os aliados. Um abraço muito forte para a Suzana Kahn e toda a turma do clima, para a Branca Americano, para os nossos companheiros, para o Tasso Azevedo, que se esmeraram, que ficaram lá virando noites para a gente chegar a uma boa fundamentação desses números das reduções. E para nossos companheiros do Ibama, o Luciano Evaristo, nosso diretor da Dipro, e toda a sua equipe, de primeira linha, que estão lá, ralando, suando a camisa pelo Brasil para que não tirem o verde da nossa bandeira, para que a Amazônia não vire um deserto, para que outros biomas também não sejam destruídos.
Agora, a guerra contra o desmatamento está sendo direcionada também para o Cerrado, para a Caatinga. Uma das metas é Cerrado, graças inclusive ao monitoramento que o Ibama fez junto com outros setores do desmatamento do Cerrado. Então, um grande abraço para vocês, meu orgulho, meu reconhecimento. Continuem assim, porque vocês estão dando um exemplo para esse país, um exemplo de que é possível resistir com dignidade e mudar nossa história.
Saudações ecológicas e libertárias do Carlos Minc
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